A operação deflagrada pela Polícia Federal contra bolsonaristas radicais por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes elevou ainda mais os ânimos de parlamentares incendiários do PL. Com ofensas ao ministro, o grupo de deputados capitaneados por Carla Zambelli, Carlos Jordy, entre outros, voltou a defender ações para colocar em prática um movimento de “ocupar” o Senado.
A proposta visa fazer uma intensa pressão junto aos senadores, incluindo o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, para que avancem com pautas que miram o Judiciário, como o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes.
A estratégia divide o partido. A ala mais moderada vê a mobilização com cautela e mais chances de trazer desgastes do que prosperar. Em reunião, colegas relataram que a parlamentar também voltou a defender um golpe de Estado, o que já fez publicamente por meio de um vídeo. Um parlamentar, em tom debochado respondeu que só conhecia "golpe da barriga falsa".
Ontem, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, gravou uma manifestação em resposta a Moraes e se disse “surpreendido” pelas decisões do ministro. O fato que mais irritou Valdemar foi a manutenção da multa de R$ 22,9 milhões imposta à sua sigla pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com a medida referendada pela corte, as contas da legenda seguem bloqueadas.
Os incendiários do PL também querem cobrar do Senado um posicionamento em sua defesa após o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, abrir mais uma investigação contra Bolsonaro e seus apoiadores. A apuração é motivada por ataques que o grupo fez ao sistema eleitoral e suposta distribuição ilegal de benefícios financeiros durante a campanha.
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