As montadoras instaladas no Brasil produziram entre janeiro e março deste ano 538 mil unidades, 8% a mais do que no mesmo período do ano passado. O total foi alcançado mesmo com a determinação, pelas empresas, de oito paradas temporárias (férias coletivas) e dois cancelamentos de turnos. O avanço deste ano foi motivado mais pela baixa base de 2022, quando a falta de insumos (sobretudo semicondutores), deixaram os pátios mais vazios.
“A diferença é que no ano passado o motivo era somente a falta de componentes, enquanto agora já há outros fatores provocando férias coletivas, como o resfriamento da demanda”, explicou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite. No segmento de veículos pesados, conforme a entidade, a produção caiu 30% entre os primeiros trimestres deste ano e de 2022.
Em relação a pandemia, as associadas da Anfavea produziram entre janeiro e março 20% a menos do que em 2019, antes do aparecimento do novo coronavírus. Este ano as motadoras venderam 472 mil veículos.
“A fotografia do momento seria pior se não fossem as boas vendas para locadoras em março, 28% do total. Essas empresas ainda têm uma considerável demanda reprimida, mas isso não vai sustentar nossos volumes por tanto tempo caso não haja uma reação mais forte no varejo, o que depende de melhorias nas condições de financiamento”, disse o executivo.
As exportações em março mantiveram a média diária de 1.900 unidades de fevereiro. Na comparação trimestral, as 112,2 mil unidades embarcadas entre janeiro e março representaram expansão de 3,9% sobre o mesmo período de 2022.
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