Conhecida por papéis de destaques na Rede Globo, a atriz Maria Padilha foi condenada pela justiça a pagar a quantia de R$ 27.474,89 a uma ex-funcionária por condições abusivas de trabalho.
Segundo consta no processo, a funcionária foi contratada em outubro de 2019 sob a promessa de trabalhar de segunda a sexta-feira, mas relatou uma realidade diferente: jornadas de até 17 horas diárias, começando às 5h e terminando por volta das 22h.
Além de só ter uma folga semanal, ela acumulava funções, pois, era obrigada a limpar a casa, fazer comida, cuidar dos filhos da atriz, fazer compras e cuidar da alimentação do animal de estimação. Além disso, a funcionária alegou que as pausas para o almoço eram mínimas, com somente 10 minutos disponíveis.
A funcionária, moradora de Além-Paraíba (MG), relatou que precisava viajar semanalmente ao Rio de Janeiro para trabalhar, arcando com parte das passagens e transporte local, enquanto recebia R$ 2.500, com a atriz pagando apenas metade das despesas.
O contrato foi encerrado em dezembro de 2019 após a funcionária classificar a situação como “trabalho escravo” em uma conversa de WhatsApp. Maria Padilha dispensou a trabalhadora sem assinar a carteira e exigiu um contrato de confidencialidade.
Durante o processo, a atriz ofereceu a quantia de R$ 4.500 à empregada, que não aceitou. Maria Padilha foi condenada pela justiça a pagar os direitos trabalhistas e uma indenização por danos morais.