Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala 6x1 de trabalho no Brasil está angariando assinaturas para que seja discutida no Congresso Nacional. Proposta pela deputada federal Erika Hilton (Psol), a proposta precisa de um mínimo de assinaturas para que consiga tramitar na Casa (veja quem já assinou).
Mas o que é a escala 6x1? Nesse modelo de trabalho, profissinais que atuam com carteira assinada têm seis dias seguidos trabalhando em uma semana, com um dia de descanso. Ao todo, são 44 horas de trabalhos semanais máximas, aponta a CLT. Este é um modelo muito comum em várias áreas no país, incluindo mercados, comércio, restaurante e indústria.
A proposta atual de alterar essa escala surgiu em maio, a partir do trabalho do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), fundado pelo vereador eleito do Rio de Janeiro Rick Azevedo (Psol). A ideia é ter um equilíbrio maior entre a vida profissional e pessoal, proporcionando mais tempo de descanso e lazer para os trabalhadores.
A PEC, se bem sucedida, vai alterar um trecho da Constituição que limita a jornada de trabalho em 8 horas diárias e 44 horas semanais. A ideia é ter outras distribuições de horas - as empresas teriam que se adequar com escalas incluindo mais folgas ao longo da semana.
Carol Neves
Publicado em 11 de novembro de 2024 às 15:08
Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala 6x1 de trabalho no Brasil está angariando assinaturas para que seja discutida no Congresso Nacional. Proposta pela deputada federal Erika Hilton (Psol), a proposta precisa de um mínimo de assinaturas para que consiga tramitar na Casa (veja quem já assinou).
Mas o que é a escala 6x1? Nesse modelo de trabalho, profissinais que atuam com carteira assinada têm seis dias seguidos trabalhando em uma semana, com um dia de descanso. Ao todo, são 44 horas de trabalhos semanais máximas, aponta a CLT. Este é um modelo muito comum em várias áreas no país, incluindo mercados, comércio, restaurante e indústria.
A proposta atual de alterar essa escala surgiu em maio, a partir do trabalho do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), fundado pelo vereador eleito do Rio de Janeiro Rick Azevedo (Psol). A ideia é ter um equilíbrio maior entre a vida profissional e pessoal, proporcionando mais tempo de descanso e lazer para os trabalhadores.
A PEC, se bem sucedida, vai alterar um trecho da Constituição que limita a jornada de trabalho em 8 horas diárias e 44 horas semanais. A ideia é ter outras distribuições de horas - as empresas teriam que se adequar com escalas incluindo mais folgas ao longo da semana.
"Não podemos nivelar a proposta por baixo", disse Erika Hilton, explicando a opção pelo regime 4x3. "Essa escala e jornada são possíveis, deu certo onde foram aplicadas, representariam um salto em qualidade de vida da população", avaliou. "Sabemos que o texto terá que ser negociado no Congresso", acrescenta.
A semana com quatro dias de trabalho tem sido aplicada por algumas empresas no Brasil, como parte do "4 Day Week Brazil", parceria no país de uma organização global que faz pesquisas sobre trabalho em todo mundo. A viabilidade do sistema de quatro dias trabalhados em todos os setores ainda é discutida, já que algumas áreas podem ter mais dificuldades em colocá-lo em prática.
No momento, a PEC não tramita porque, para isso, precisa de um mínimo de assinaturas. Desde maio, quando a deputada Erika Hilton (Psol) pediu uma audiência na Câmara para que iniciasse o debate, o tema parou, mesmo com a aprovação da solicitaçao em 28 de maio.
Para começar a ser discutida, a PEC precisa de apoio de pelo menos um terço dos deputados (171 assinaturas) ou um terço dos senadores (27 assinaturas). Até agora, Erika tem até agora 71 assinaturas na Câmara já divulgadas. Com a adesão popular e pressão nas redes sociais, o número está aumentando, segundo a própria deputada, que contabiliza que o número já estaria em 90.
Veja os nomes que já tiveram assinatura divulgada:
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