Morreu, na manhã desta quarta-feira (12), Ilva Niño, aos 89 anos. Internada desde o dia 13 de maio, no hospital Quali, no Rio de Janeiro, a atriz havia passado por uma cirurgia cardíaca no mês passado.
Reconhecida nacionalmente pelo papel como Mina na novela "Roque Santeiro", de 1985, a artista também atuou em filmes. Seu último trabalho no cinema foi na produção "Os Roni", em 2019.
Ilva foi casada com o também ator Luiz Mendonça. Com ele, a atriz teve um filho, Luiz Carlos Niño. Ambos falecidos. Segundo o g1, a previsão é de que o corpo seja cremado nesta quinta-feira. Ainda não se sabe o horário e o local do velório.
Filha de Elvécio de Carvalho Niño e da professora Maria Carlinda de Carvalho, Ilva iniciou no teatro ainda nos tempos de escola, quando passou por um curso ministrado por Ariano Suassuna.
Ao longo da carreira, participou de diversos movimentos sociais, entre eles, os de campanha de alfabetização nos engenhos. “A gente fazia um trabalho maravilhoso dentro dos engenhos. Íamos preparando os camponeses para receber o trabalho de alfabetização que vinha de Paulo Freire. O teatro abre essa facilidade de comunicação”, revelou ela em uma entrevista concedida ao O Globo há alguns anos.
Em 1964, seu sogro tomou posse como secretário de Segurança de Recife, o que a permitiu Ilva e ao marido, Luiz, sair do estado a salvo, devido às atividades realizadas nos engenhos.
Seu primeiro trabalho na televisão foi na novela "Verão Vermelho", em 1969. Grande parte das personagens interpretadas por Ilva foram mulheres nordestinas e guerreiras. Em 1985, a atriz fez Mina, no folhetim "Roque Santeiro", o que a levou a ser reconhecida nacionalmente.
“Uma pontinha de nada em Roque Santeiro, e a Mina não morreu nunca. Até hoje todo mundo grita pela Mina na rua. Foi um grande sucesso, merecidamente um grande sucesso. Dias fez uma parte, depois Aguinaldo Silva pegou a outra parte e continuou o grande sucesso”, relembrou ela na entrevista.
Além de novelas, Ilva participou de minissérie na televisão. Seus principais trabalhos no ramo foram em "Pecado Capital" (1975), de Janete Clair, como mãe das personagens de Betty Faria e Elizangela, "Feijão Maravilha" (1979), "Água Viva" (1980) e "Lampião e Maria Bonita" (1982).
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