Na última sexta-feira (16), um adolescente matou os pais e a irmã, na zona oeste de São Paulo. Em depoimento à Polícia, o menor disse que cometeu o crime porque os pais tinham “confiscado” seu computador e seu celular.
Em seu relato, o jovem disse que matou a família entre a tarde e a noite de sexta-feira e passou o final de semana com os corpos e, na madrugada desta segunda-feira (20), ele ligou para a Polícia Militar para comunicar o crime e se entregar.
Ele disse à polícia que sempre teve conflitos com os pais e que na quinta-feira (16), eles o haviam chamado de “vagabundo” e tomado seu celular. Segundo o adolescente, isso impediu que ele realizasse atividades escolares. Após o episódio, ele planejou matar os pais.
No dia seguinte, quando estava sozinho em casa, pegou a arma do pai, que era guarda civil municipal em Jundiaí, e fez testes com o armamento, uma pistola Taurus 9mm. Mais tarde, assim que o pai chegou em casa, por volta das 13h, o menor de idade esperou ele se debruçar sobre a pia da cozinha e atirou nele pelas costas, com um tiro na nuca.
Ao subir as escadas da casa, o adolescente se deparou com a irmã, que perguntou de onde teria vindo o barulho de disparo. Ele, então, deu um tiro no rosto dela.
Sem demonstrar remorso, o menor de idade disse aos policiais ter almoçado na cozinha da casa, ao lado do corpo do pai, foi para a academia e ficou esperando a chegada de sua mãe.
A mãe chegou por volta das 19h, deu um grito ao ver o corpo do marido e se debruçou sobre ele, quando o adolescente aproveitou e lhe deu um tiro nas costas.
No sábado (18), um dia após matar a família, foi até o corpo da mãe e enfiou uma faca nas costas dela. Ele disse que ainda estava com raiva por ter sido castigado com o “confisco” do celular.
Em depoimento, o adolescente disse que já havia pensado em matar os pais anteriormente e que, se pudesse, “faria novamente”. Ele afirmou que a ideia, inicialmente, não envolvia a morte da irmã, mas que precisou matá-la após ela perceber o som de disparo.
Após ser ouvido no 87º Distrito Policial, o adolescente foi encaminhado para a Fundação Casa. O caso foi registrado como ato infracional de homicídio – feminicídio; ato infracional de posse ou porte ilegal de arma de fogo e ato infracional – vilipêndio a cadáver.
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