O Hospital Aristides Maltez, em Salvador, confirmou que houve rompimento de contrato com uma cooperativa de anestesiologistas e, por isso, o quadro de médicos na unidade está reduzido. A confirmação veio após pacientes denunciarem a falta de especialistas e o adiamento de cirurgias no hospital.
A gestão do HAM informou também que a situação já esta sendo normalizada com a contratação de novos anestesistas e 70% dos procedimentos cirúrgicos previstos já foram realizados. O hospital registrou 465 cirurgias em abril.
Outra denúncia dos pacientes é de que também há falta de materiais básicos para o atendimento hospitalar, mas a assessoria do hospital negou a acusação.
O hospital detalhou que a cooperativa envolvida se chama GAZA, mas a reportagem não localizou contato da entidade. Procurada, a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia (Coopanest), no entanto, justificou que já há alguns anos a sua atuação está restrita à saúde suplementar, em clínicas e hospitais privados, sem qualquer atuação em hospitais públicos. E ainda reafirmou que jamais teve qualquer relação com HAM, mas vê a situação com "imensa preocupação".
O hospital ainda reforçou que vai ampliar em até 30% a capacidade de atendimento a pacientes oncológicos em toda a Bahia. Uma nova edificação será erguida em um terreno desapropriado e cedido pelo governo estadual à instituição filantrópica. O projeto foi apresentado pela secretária da Saúde, Roberta Santana.
Com investimento estimado em R$ 18,6 milhões nas obras, a nova edificação terá mais de 2,7 mil metros quadrados e vai permitir ampliar o tratamento quimioterápico no local.
Somente de janeiro a junho de 2023, o HAM realizou 4.637 cirurgias, 6.315 internações, mais de 93,5 mil consultas e ultrapassou a marca de 2,5 milhões de procedimentos.
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