A cantora soteropolitana Juliana Moraes usou as redes sociais para denunciar uma série de desrespeitos que ela e sua equipe sofreram durante um evento corporativo em um banco em Brasília, na noite de sábado (25). Segundo a artista, toda a equipe foi maltratada pela gerente do banco que sentiu ciúmes do marido, que teria demonstrado interesse pela cantora.
Conforme relato de Ju Moraes, uma agência contratou o show da artista, porém, a organização do evento destratou os artistas desde a chegada da equipe.
"Durante a passagem de som, uma das produtoras do evento me chamou. [Ela disse] 'Oi Ju, tudo bem, adoro seu trabalho, sei que você é uma mulher empoderada, lésbica, um ser político, mas hoje nós não podemos falar sobre isso", relatou Ju Moraes.
Ela contou ainda que ficou muito surpresa com a colocação, uma vez que raramente menciona posicionamentos pessoais em seus shows.
"Meu show não começa falando 'Oi, sou Ju Moraes, sou uma mulher lésbica'. Eu fiquei em choque, mas engoli", destacou a cantora.
Ela relata que, para além disso, a organização do evento tentou mudar o horário de início do show e começaram a tratar a equipe da cantora com rispidez. As agressões a equipe continuaram enquanto o show acontecia.
Ainda segundo Ju Moraes, a gente do banco teria questionado a produção da artista sobre as músicas tocadas, sob o argumento de que ninguém as conhecia.
"Quem conhece o meu trabalho sabe que eu sou uma artista autoral, eu ganho dinheiro tocando as minhas músicas. Quando eu tenho um show corporativo eu mesclo [minhas músicas] com canções conhecidas. Estava cantando Deusa do Amor quando a gerente do banco foi minha produtora e falou: 'Que música é essa? O que ela tá cantando?'", relata Ju.
A produtora respondeu que a música era de Caetano Veloso e a mulher disse que "aqui ninguém conhece Caetano Veloso".
Ao fim do show, Ju descobriu o motivo para as agressões da mulher à equipe e, segundo ela, a gerente teria ficado com ciúmes do marido.
"Era uma crise de ciúme. Era uma mulher, ela estava grávida e estava com o marido. Ela não gostou da forma como ele me olhou quando eu subi no palco e [chegou] a virar ele de costas. Ou seja, talvez seja uma boa eu começar falando 'eu sou uma mulher lésbica, não vou atacar seu marido'. Gente, as pessoas perderam a noção do absurdo", finaliza a artista.
A cantora não revelou o nome do banco ou as pessoas responsáveis pelas agressões, mas afirmou que não voltaria a se apresentar para esta empresa. "Eu tenho escolhas, para esse banco eu nunca mais faço nenhum evento. Eu não preciso passar por isso, [nem] a minha produção", pontuou.
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