Dez anos após a morte do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, o Tribunal do Júri condenou a 40 anos de prisão, em regime fechado, o então padrasto da criança, Guilherme Raymo Longo. Natália Ponte, mãe de Joaquim, foi absolvida. O julgamento durou seis dias.
Em novembro de 2023, o corpo de Joaquim foi encontrado nas águas do Rio Pardo, em Barretos (SP). Cinco dias antes, ele havia sido dado como desaparecido. Durante as investigações, a polícia descobriu o menino havia sido assassinado pelo padrasto, durante a noite e o seu corpo havia sido jogado em um córrego perto de casa.
O menino, que era diabético, fazia uso de insulina diariamente. No intuito de matar a criança, Guilherme aplicou mais de 160 doses de insulina, enquanto Natália dormia com o seu bebê de 3 meses, filho do casal, em outro quarto, de acordo com as investigações, que dão conta de que a motivação do crime foi o ciúme que o assassino sentia da então esposa com o ex-marido, pai de Joaquim, pois, após o diagnóstico de diabetes do menino, eles passaram a se falar com mais frequência.
A mãe também era ré no processo, por ter sido omissa e não ter impedido o convício do filho com o Guilherme, que era usuário de drogas. Eles se conheceram numa clínica de reabilitação, na qual ela trabalhava, na época, como psicóloga. Ela chegou a ficar 37 dias presa, mas, desde 2014, respondia pelo processo em liberdade e agora, foi absolvida das acusações.
Já Guilherme, está preso desde 2018, quando foi encontrado foragido, na Espanha e extraditado para o Brasil. Ele foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil, recurso que impossibilitou defesa da vítima e meio cruel.
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