O governador Jerônimo Rodrigues (PT) não esperou nem mesmo 15 dias da filiação do presidente da Câmara de Salvador Carlos Muniz a um partido da base do prefeito Bruno Reis (UB), o PSDB, cuja avaliação foi de que ele saiu como favorito para as eleições de 2024, para dar um contragolpe nos seus principais adversários no estado, grupo hoje liderado pelo ex-prefeito da capital baiana ACM Neto, eleito presidente da Fundação Índigo.
A resposta veio com a retomada do PP para sua base quase em sua totalidade, com bancada estadual, e a filiação do ex-deputado federal que, estava no ninho progressista por longos anos, para o Avante com tapete vermelho estendido, e, com ele, cerca de 40 prefeitos da sigla, que elegeu 92.
Durante o ato que ocorreu neste sábado (11), e contou com a presença dos grandes caciques do grupo governista, ele [Ronaldo Carletto], que foi preterido pelo PP da presidência estadual em prol do deputado federal Mário Negromonte Júnior sem nem mesmo a possibilidade de rodízio como chegou a ser aventado, externou não ter palavras para expressar a sua felicidade pelo reconhecimento.
“Não tenho palavras para expressar minha felicidade com esse Encontro Estadual do Avante! Obrigado a todos pelo apoio e reconhecimento! É uma honra, agora, oficialmente ser o presidente nacional do Avante. Vamos trabalhar muito para fazer o partido crescer ainda mais!”, explicitou, durante o encontro do Avante em que já chegou como presidente nacional da sigla.
A avaliação nos corredores da Governadoria e Assembleia Legislativa é de que a ‘jogada de mestre’ que contou com a articulação do principais caciques do governo [Jerônimo Rodrigues e o ministro da Casa Civil Rui Costa e senador Jaques Wagner] soou como uma bomba nas hostes progressistas, não apenas pela baixa que teve “de um correligionário agregador, que somava ao partido, mas ao prejuízo ainda maior que essa saída pode resultar com vistas para 2024 e 2026, pois sabemos que desagradou e muito e não ficará apenas nisso”. Essa foi uma avaliação de uma fonte progressista ao Site de Noticias.
A preocupação estaria se estendendo ainda ao Palácio Thomé de Souza, que segundo aliados, prevê um cenário incerto. “O PP já não estava com força e agora houve uma ruptura muito forte no partido, que será preciso uma excelente articulação para poder fazer com ele se mantenha posicionado, em pé. Esse é o temor é de de muitos e, pode reverberar nas eleições de Salvador”, reforçou outro filiado.
A primeira mostra já foi vista com a ida do aliado de primeira hora de ACM Neto, o ex-deputado federal Pablo Barrozo, para os braços de Jerônimo. Ele, que era do União Brasil (UB), como Carletto, migrou para o Avante de Sargento Isidório.
Barrozo deve assumir em breve a secretária-geral da agremiação na Bahia. Se a moda pega, quando a janela partidária abrir em abril de 2024, não apenas o PP deve temer uma nova debandada. Ao menos, é esse o comentário no meio político.
Durante o evento, estavam presentes o nosso ministro da Casal Civil Rui Costa; o senador Jaques Wagner; o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; o presidente nacional do partido; Luís Tibé; prefeitos; prefeitas; secretários e secretárias municipais e estaduais; vereadores e vereadoras; deputados e deputadas estaduais e federais; lideranças e demais autoridades.
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