O inquérito divulgado nesta quarta sobre a suposta fraude no cartão vacinal do ex-presidente Jair Bolsonaro mostra uma ligação entre o caso e o assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco.
Ailton Barros negociou com o ajudante de ordens Mauro Cid a adulteração dos dados em troca de um encontro do ex-vereador Marcello Siciliano com o cônsul dos Estados Unidos. Segundo Barros, Siciliano teria sido erroneamente acusado da morte de Marielle e, por isso, seu visto foi cancelado.
“Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a p**** toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí”, disse Barros para Cid, conforme o inquérito.
O documento mostra quatro ligações de Ailton Barros para Marcelo Fernandes de Holanda no dia 29 de novembro de 2011, mesma data que teria ocorrido a inserção de dados falsos no sistema. O computador de Holanda foi usado, segundo o inquérito, para adulterar os dados de Gabriela Santiago Cid, esposa do ajudante de ordens de Bolsonaro. Com os documentos falsos, Gabriela foi três vezes aos aos Estados Unidos.
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