O idoso de 80 anos foi readmitido para o trabalho em um banco de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, 59 anos após ser preso pela ditadura militar. Em 1964, Osmar Ferreira passou 12 dias sob tortura, e foi demitido do serviço pela “acusação” de ser comunista. Informa o portal G1 Bahia.
Segundo a publicação, no início da década de 1960, quando Osmar conquistou o primeiro emprego no então Banco do Estado da Bahia (Baneb). Ele conta que passou a fazer parte da diretoria da associação dos empregados, que ainda em 1964 virou o sindicato.
“No meu primeiro emprego, que foi no Banco da Bahia, fui convocado por um colega do Banco do Nordeste para fazer parte de uma diretoria e ajudá-lo na fundação da Associação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Feira de Santana, que posteriormente veio a ser o sindicato”, lembrou.
Comissão – Em 2011, a criação da lei que instituiu a Comissão Nacional da Verdade – órgão que investiga as violações de direitos humanos cometidas entre setembro de 1946 e outubro de 1988 – deu um novo horizonte para o agora idoso Osmar.
O Baneb, que era um banco público, foi leiloado e arrematado pelo Bradesco em 1999. Osmar entrou com ação contra a instituição particular na Justiça, e pediu reparação e indenização por danos morais. Agora, com a causa ganha, a Justiça determinou também a reintegração do bancário, além de ter condenado o banco a pagar todos os direitos trabalhistas, da data da demissão até os dias atuais.
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