O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), em conjunto com a Polícia Federal (PF) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) através da Força Correcional Integrada (Forcem) e da Corregedoria da Polícia Militar (PM), deflagrou nesta terça-feira, 28 de maio, a "Operação Fallen". O objetivo é desarticular uma organização criminosa com atuação em Feira de Santana e cidades adjacentes, envolvida em lavagem de capitais provenientes de jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada, entre outras infrações penais.
A operação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Feira de Santana e é um desdobramento da "Operação El Patrón", deflagrada em dezembro de 2023. A fase anterior resultou em dez mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados, sequestro de 26 propriedades e suspensão das atividades econômicas de seis empresas.
Nesta nova etapa, constatou-se que o braço armado da organização criminosa, composto majoritariamente por policiais militares do estado da Bahia, promoveu a destruição de provas armazenadas em meio digital. A escolha do nome "Fallen" (caído, em português) para a operação reflete a participação de membros da segurança pública na agremiação criminosa, indicando, segundo as autoridades, a degradação moral e a perda de valores éticos desses profissionais.
As investigações prosseguem para apurar outros possíveis envolvidos e fatos conexos. Os investigados, se condenados pelos crimes cometidos, podem ser submetidos a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 26 anos de reclusão.