A Acelen Renováveis deu um passo decisivo para consolidar a Bahia como referência nacional na transição energética ao iniciar, neste mês, o plantio de macaúba em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. A Fazenda Campinas foi escolhida como área-piloto do projeto, que prevê a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel renovável (HVO) com matéria-prima 100% nacional.
A ação é fruto do Memorando de Entendimento assinado com o Governo da Bahia em 2023 e integra um investimento inicial de US$ 3 bilhões em biocombustíveis. Ao todo, cerca de 1.500 hectares serão cultivados na região, com o plantio de mais de 800 mil mudas transferidas do viveiro de Mucugê, na Chapada Diamantina. Só na fazenda-modelo, serão cerca de 200 hectares plantados, com previsão de geração de até 200 empregos diretos.
O plantio simbólico contou com a presença de lideranças comunitárias e autoridades, entre elas o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, que destacou: “Grandes projetos como este trazem uma nova expectativa para o mundo e colocam a Bahia como protagonista da economia verde”.
A prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga, ressaltou o papel histórico do município: “Assim como demos os primeiros passos para a independência do Brasil, agora assumimos o protagonismo na transição energética global”.
Segundo Marcelo Cordaro, COO da Acelen Renováveis, a escolha por Cachoeira levou em conta fatores técnicos e estratégicos. “A área tem boas condições agronômicas e está próxima de São Francisco do Conde, onde construiremos nossa primeira biorrefinaria”, afirmou.
Escolha da área da 1ª fazenda-modelo
A Bahia é o destino inicial da Acelen Renováveis para a transição energética do Brasil e do mundo. "Acreditamos no potencial do Estado e estamos onde os baianos também precisam. A escolha da área passou por rigoroso processo de diligências. Observamos a legislação, a realidade de ocupação no campo e o terreno escolhido oferece condições agronômicas para a produção da macaúba. Além disso, a área está próxima de São Francisco do Conde, onde será construída nossa biorrefinaria", explica Cordaro sobre os motivos da escolha de Cachoeira para a implantação da fazenda-modelo.
O projeto trará oportunidades como a geração de novos empregos, aumento da arrecadação de impostos municipais e estaduais, melhorias no IDH da região e recuperação ambiental. A empresa prevê a contratação de cerca de 200 pessoas para trabalhar na fazenda-modelo, contribuindo diretamente para o desenvolvimento local. "Nosso compromisso com a região é forte e já mostramos o impacto positivo da nossa chegada há 3 anos com a Refinaria de Mataripe. Agora, é a vez da Acelen Renováveis participar e apoiar o desenvolvimento de Cachoeira", informa Cordaro.
Impacto econômico e ambiental
Além de fomentar o desenvolvimento local, com aumento da arrecadação e melhoria do IDH, o projeto se propõe a transformar pastagens degradadas em florestas produtivas. Ao todo, serão 180 mil hectares cultivados nos estados da Bahia e Minas Gerais, com previsão de produção de até 1 bilhão de litros de biocombustíveis por ano a partir de 2030.
Cerca de 20% das plantações serão destinadas à agricultura familiar, gerando até 85 mil empregos diretos e indiretos e injetando US$ 40 bilhões na economia brasileira na próxima década. Os combustíveis serão “drop-in”, ou seja, compatíveis com os motores atuais, e com potencial de reduzir em até 80% as emissões de CO₂.
Parcerias estratégicas
Para viabilizar o projeto, a Acelen Renováveis firmou alianças com universidades e centros de pesquisa, como a UFV, Embrapa, Esalq/USP, UFMG e instituições internacionais como a UCDavis, além de empresas líderes em tecnologia e engenharia como Honeywell, Alfa Laval e AFRY.
A produção de óleo de macaúba em escala industrial já foi iniciada, utilizando uma tecnologia inédita em fluxo contínuo. Em paralelo, o Centro de Inovação Tecnológica Agroindustrial (Acelen Agripark) está em construção em Montes Claros (MG), para dar suporte à cadeia produtiva da macaúba.
Participaram do plantio simbólico lideranças das comunidades e autoridades governamentais, que foram recebidos por Marcelo Cordaro, COO da Acelen Renováveis, Marcelo Lyra, vice-presidente de Comunicação, ESG e Relações Institucionais da Acelen, e João Raful, vice-presidente de Recursos Humanos e Responsabilidade Social da Acelen.