O Vaticano anunciou neste sábado (15) que o papa Francisco aprovou um novo processo de três anos para debater reformas na Igreja Católica. A decisão, tomada enquanto o pontífice segue internado em Roma para tratamento de uma pneumonia bilateral, reforça sua intenção de continuar no comando da Igreja, apesar das especulações sobre uma possível renúncia.
O processo de reforma amplia os trabalhos do Sínodo dos Bispos, uma iniciativa do atual papado que já debateu questões como a maior inclusão de pessoas LGBTQIA+ e a participação de mulheres como diaconisas. O Vaticano informou que, nos próximos três anos, serão realizadas consultas globais com fiéis católicos, culminando em uma nova cúpula em 2028.
Aprovada na última terça-feira (11), enquanto Francisco estava hospitalizado no Hospital Gemelli, a decisão afasta rumores sobre sua possível saída, alimentados por sua prolongada internação. Aos 88 anos, o pontífice enfrenta desafios de saúde, mas demonstra disposição para manter seu projeto de renovação da Igreja.
O estado de saúde de Francisco vem sendo acompanhado de perto pelo Vaticano. Segundo os boletins médicos mais recentes, ele segue em recuperação e não corre risco de morte, embora ainda não haja uma previsão oficial para sua alta hospitalar.
Todos os dias, fiéis se reúnem em frente ao Hospital Gemelli para manifestar apoio ao papa. Entre eles, Stefania Gianni, uma paciente em tratamento contra o câncer, elogiou a postura do pontífice:
"Ele deu grandes passos para atualizar a Igreja com os tempos. Ele é um grande homem e um grande papa, e a Igreja ainda precisa dele."
O cardeal Mario Grech, responsável pelo processo de reforma, também destacou a importância do novo ciclo de debates:
"O Santo Padre está ajudando a impulsionar a renovação da Igreja em direção a um novo impulso missionário. Este é realmente um sinal de esperança."
Mesmo hospitalizado, Francisco mantém sua liderança ativa, sinalizando que sua missão de modernizar a Igreja Católica está longe de terminar.