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Cantora baiana retira clipe do ar após alerta sobre associação a facção criminosa e faz desabafo nas redes

Recentemente, sinais desse tipo foram associados a crimes violentos, o que gerou grande repercussão entre os seguidores do artista.

Redação
Por: Redação
03/01/2025 às 11h36
Cantora baiana retira clipe do ar após alerta sobre associação a facção criminosa e faz desabafo nas redes
A cantora baiana viralizou uma 'trend' nas redes sociais com trecho do clipe que aparece fazendo o número 3 com as mãos. Foto: Reprodução l Redes Socias

O avanço da violência e a disseminação de facções criminosas na Bahia impactaram diretamente a sociedade e, agora, começaram a influenciar também o trabalho de artistas. A cantora baiana Duquesa decidiu retirar o clipe da música Fuso após ser alertada pelos fãs sobre o uso de um gesto associado a uma facção criminosa.

No vídeo, que havia sido lançado em 16 de dezembro junto com o single nas plataformas digitais, Duquesa aparece fazendo o número 3 com as mãos – um gesto que os internautas identificaram como semelhante ao usado pela facção Bonde do Maluco (BDM), uma das mais atuantes em Salvador e no interior do estado. Recentemente, sinais desse tipo foram associados a crimes violentos, o que gerou grande repercussão entre os seguidores do artista.

Após as críticas, a cantora consultou suas redes sociais para esclarecer a situação e negar qualquer vínculo ou apologia ao crime organizado. “Eu passei 22 anos morando na Bahia. Nunca fiz apologia, nunca me envolvi ou falei sobre organizações criminosas. Meu trabalho não pode ser retomado a uma falha”, declarou Duquesa.

Nos stories do Instagram, a artista também pediu que os fãs não compartilhassem vídeos com o gesto e anunciou que um novo clipe será produzido. “Galera, fique atento à nova TREND de Fuso . Não iremos repostar nenhum vídeo que contenha sinais indevidos com as mãos”, escreveu.

Duquesa ainda explicou que, fora da Bahia, muitas pessoas não entendem o peso simbólico de determinados gestos na região. “Simbologias com as mãos que simulam números ou gestos estão sendo associadas a organizações criminosas aqui na Bahia. Isso é uma realidade com o que precisamos lidar com muito cuidado”, afirmou.

A decisão da cantora foi bem recebida por parte do público, que elogiou sua postura em consideração o problema e tomou medidas para evitar mal-entendidos. O caso reflete o impacto crescente do crime organizado na cultura local e como os artistas estão sendo levados a adotar cautela em suas produções.

 

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