Suspeito de envolvimento no desaparecimento de funcionários, em Salvador, o empresário Marcelo Batista enocntra-se foragido e o advogado dele, Júnior Magnavita, afirma não saber o seu paradeiro, nem quando ele deve se apresentar à polícia. Paulo Daniel Pereira e Matusalém Muniz estão desaparecidos há onze dias, desde que saíram para trabalhar no ferro-velho de Marcelo, no bairro de Pirajá, na altura da BR-324.
Câmeras de segurança do prédio em que Marcelo mora registraram o momento em que ele sai do local enão volta mais. Após isso, duas pessoas autorizadas pelo suspeito sobem até o apartamento e descem com uma mala, alimentando as suspeitas de que o empresário teria fugido e pode até estar fora do país. Magnavita informou, nesta quarta-feira (13), que estava acompanhando o depoimento de Léo Mendes, amigo de Marcelo que aparece nas imagens saindo com a mala.
"Ele veio esclarecer os fatos. Ele ficou no apartamento de Marcelo no dia 29, dias antes do fato, que ele chegou de São Paulo. Terminou se hospedando no apartamento de Marcelo, que é uma pessoa que ele conhece há mais de 10 anos, conforme informou aqui perante o delegado", disse o defensor, em entrevista à TV Bahia. "Como ele já havia saído do apartamento de Marcelo no dia seguinte, e tinha deixado uma duas malas lá, ele foi, depois dos fatos, apenas retirar a mala dele. A mala era de Léo Mendes. Ele tem comprovante, nota fiscal, tudo direitinho", garantiu.
Quando perguntado onde está Marcelo, o advogado afirma não saber. "Não sei qual o paradeiro dele ainda. Não sei onde ele está, não tenho falado com ele, só com os familiares dele, diariamente", disse. "Estamos aguardando a conclusão do inquérito, coleta de todos os elementos e realização da perícia para poder tomar uma decisão com relação à apresentação dele, porque é interesse da defesa colaborar com a apuração de todos os fatos", acrescentou.
Ainda nesta quarta-feira (13), familiares dos funcionários realizaram um protesto em frente ao ferro-velho. Eles seguravam cartazes e chegaram a queimar pneus e outros objetos no local, pedindo celeridade nas investigações.
A polícia encontrou uma carro que seria de Marcelo em uma loja de Lauro Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Avaliado em R$ 750 mil, o veículo passará por perícia, para verificar se há vestígios de sangue. O automóvel foi levado até o local pelo mesmo amigo do empresário.
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