Uma mulher, identificada como Joseane de Oliveira Jardim, de 42 anos, foi presa, na cidade de Porto Alegre, nesta quarta-feira (16), por suspeita de assassinar uma jovem grávida. A vítima, identificada como Paula, tinha 25 anos e estava no nono mês de gestação.
Segundo informações da Polícia Civil, a jovem foi atraída para a casa da suspeita através da promessa da doação de itens para enxoval do bebê. Uma testemunha contou aos policiais que a vítima saiu de casa na última segunda-feira (14) dizendo que buscaria um carrinho de bebê. O seu desaparecimento foi registrado na delgacia na segunda-feira (14) a noite. A suspeita e a grávida moravam no mesmo condomínio.
O corpo da gestante foi encontrado no apartamento da mulher, com ferimentos na cabeça e um corte de cesárea no abdômen. A mulher teria realizado o parto da vítima e simulado que dado à luz à criança.
Devido à simulação da suspeita, vizinhos acionaram o Serrviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que socorreu a suspeita e o bebê. No entanto, a criança já estava sem vida, conforme constatado pelos socorristas.
Ao chegar no hospital, a mulher relatou que estava gestante e havia entrado em trabalho de parto em casa. De acordo com a delegada Graziela Zanelli, que acompanha o caso, a suspeita vinha fingindo uma gravidez desde agosto.
Após a realização de exames, a equipe do hospital concluiu que a mulher não estava grávida e, portanto, o recém-nascido não era seu filho. A polícia foi acionada.
Em depoimento à polícia, o companheiro da mulher disse que acreditava que ela estivesse grávida. Ele afirma ter chegado ao apartamento após o suposto parto. A Polícia Civil informou que "está comprometida em elucidar o fato com celeridade, realizando todas as diligências necessárias".
Ao chegar na casa de Joseane, os agentes policiais encontraram o corpo de Paula embalado em cobertores e saco plástico, embaixo da cama da suspeita. Segundo a perícia, a demora na retirada do bebê do corpo da mulher pode ter ocasionado na morte do feto. Ainda não se sabe qual instrumento foi utilizado para matar a vítima.
No imóvel, o quarto onde aconteceu o assassinato estava limpo, o que indica que a mulher realizou a limpeza para apagar vestígios do crime.
Na sala de casa, ela teria forjado o nascimento da criança e, logo depois, chamado uma vizinha pedindo por ajuda. A Polícia não identificou outras pessoas que possam ter colaborado no crime.
De acordo com o esposo dela, ela tem dois filhos, mas já teria perdido bebês anteriormente e era frustrada em relação a isso.
Devido às circunstâncias, a família acredita na premeditação do crime. Um dos fatos que corroboram para esta teoria é o de que a suspeita abordou a vítima no dia do próprio aniversário, com intuito de que a criança nascesse no mesmo dia que ela.
Joseane ja foi indiciada pela Polícia Civil e optou por se manter em silêncio, durante o seu depoimento. O material apreendido na casa da suspeita será periciado e ela permanecerá presa, à disposição da justiça.
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