A Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) reduziu o intervalo de tempo para pessoas que fizeram tatuagem, micropigmentação ou colocaram piercing recentemente para doar sangue. Agora, estes tipos de doadores devem esperar por apenas seis meses, após o último procedimento, ao invés dos 12 meses exigidos anteriormente. A mudança adotada a partir do dia 16 de setembro, tem o intuito de mpliar o número de doadores, mantendo o foco na segurança do processo.
Para que os doadores com tatuagem ou procedimentos semelhantes possam ser aceitos, é preciso que "as condições de antissepsia tenham sido adequadas, o local seja autorizado e o material utilizado seja único e descartável", conforme explica a Aline Dórea, coordenadora do setor de Coleta da Hemoba. Caso o local onde foi feita a tatuagem não siga essas normas, o prazo de inaptidão permanece por 12 meses. Já no caso de piercings em cavidades orais ou genitais, o doador permanece inapto enquanto estiver com o piercing, devido ao risco contínuo de contaminação.
Para o infectologista Júlio Croda, não há qualquer tipo de risco para o doador nem para quem vai receber o sangue com a alteração no tempo de espera de 12 para 6 meses após a realização de tatuagem. “Hoje em dia nós temos testes mais sensíveis que detectam esses vírus semanas após a exposição, como a técnica de PCR e o ELISA ultra sensível para HIV", explica Júlio. Ele ressalta que o banco de sangue agora dispõe de exames que aumentam a sensibilidade na detecção de possíveis casos de hepatite B, C e HIV, assegurando, assim, a segurança no processo.
O Hemoba afirma que a expectativa é que mais pessoas se tornem aptas a doar, após esta nova regra.
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