Os números representam muito mais do que uma forma de quantificar algo. Eles estão presentes na rotina escolar, em cálculos dos mais simples ao mais complexos, regem a economia mundial e influenciam diretamente no comportamento humano. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão responsável pela mensuração dos números acerca do território brasileiro e sua população. Com o objetivo de homenagear esta fundação, hoje (06.07), comemora-se o Dia da Criação do IBGE. Apesar do IBGE ter sido fundado oficialmente no dia 29 de maio de 1936, essa data faz referência ao lançamento do Decreto de Lei nº 24.609 de 1934 que institui a criação do órgão.
A facilidade para lidar com os números é um atributo que abre portas para diversas carreiras como Administração, entre outras.
Números, cálculos e equações são verdadeiros pesadelos para muita gente, principalmente por se tratar de assuntos bastante desafiadores.
Entre as principais responsabilidades do IBGE, destacam-se a organização e aplicação dos censos demográficos, retratando assim, a imagem do país. No Brasil, o censo é realizado de 10 em 10 anos e avalia o perfil dos brasileiros, tanto a nível econômico, social, educacional e etc.
O grande incentivador para a criação do IBGE foi o estatístico Mário Augusto Teixeira de Freitas, por meio da carência de um órgão capacitado a articular e coordenar as pesquisas estatísticas.
Assim, na década de 1930, quando o levantamento de informações estava a cargo do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE), uma comissão interministerial apresentou um projeto para a criação do Instituto Nacional de Estatística (INE), que mais tarde tornaria-se o IBGE.
Resumo sobre o IBGE
IBGE é a sigla para Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
É um órgão federal vinculado ao Ministério da Economia.
Foi instituído no ano de 1934 e criado oficialmente em 29 de maio de 1936.
Passou a se chamar IBGE somente em 1940, ano em que esse órgão realizou o primeiro Censo Demográfico da população do Brasil.
Tem como função principal o levantamento e o fornecimento de dados sobre o território nacional e a sobre a população do Brasil, o que resulta nos censos e demais pesquisas estatísticas.
Desenvolve produtos cartográficos e estudos que estão disponíveis para o público em geral.
O Censo Demográfico, a Pnad Contínua, o IPCA e o Censo Agropecuário são algumas das pesquisas realizadas pelo IBGE.
As informações, os indicadores e os estudos que o IBGE fornece são importantes para o conhecimento aprofundado do Brasil e da população brasileira.
A atuação do IBGE é fundamental para o planejamento e gestão do território, bem como para a elaboração de pesquisas, políticas públicas e estratégias de desenvolvimento socioeconômico do país.
O que é o IBGE?
O IBGE, sigla para Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é um instituto público, federal, criado por meio de um decreto na década de 1930 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia do Brasil. A criação do instituto teve como principal objetivo a centralização do levantamento, análise e fornecimento de dados a respeito do território brasileiro e da população do país.
Logo do IBGE.
Presente em todo o país por meio de agências e outros órgãos regionais, o IBGE tem a sua sede localizada na cidade do Rio de Janeiro.
Qual a função do IBGE?
O IBGE tem como função a produção, análise e divulgação de informações sobre o território brasileiro em todas as suas escalas (nacional, regional, estadual e municipal) e também sobre a população que nele vive. Essas informações possuem diversas naturezas: estatística, socioeconômica, geodésica, geográfica, cartográfica e ambiental, conforme explica o próprio IBGE.
Quanto às funções específicas desse órgão, elas compreendem a:
produção e análise de informações estatísticas, geográficas e ambientais;
coordenação e consolidação das informações estatísticas e geográficas;
implementação e estruturação de um sistema de informações ambientais;
coordenação de sistemas estatísticos e cartográficos de escala nacional;
documentação e divulgação dessas informações.
Levantamentos feitos pelo IBGE
O censo demográfico da população brasileira é um dos principais produtos do IBGE. [2]
O IBGE é responsável por uma série de levantamentos de dados populacionais, sociais, econômicos e ambientais. O principal deles é o Censo Demográfico, que acontece com uma frequência de dez anos e mapeia de forma integral o território nacional, sendo responsável por dimensionar e caracterizar a população brasileira.
Além do Censo Demográfico, destaca-se a realização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, mais conhecida como Pnad Contínua. Feita a cada três meses, essa pesquisa tem como objetivo acompanhar a evolução de indicadores do mercado de trabalho e também socioeconômicos. A Pnad Contínua existe desde 2011 e, por cinco anos, coexistiu com a Pnad.
A Pnad foi realizada anualmente entre 1967 e 2015, tendo sido definitivamente substituída pela Pnad Contínua em 2016. Pode-se dizer que a Pnad era um levantamento complementar ao Censo Demográfico e utilizada em comparação a ele, uma vez que coletava dados atualizados e em um intervalo de tempo muito menor de uma amostra da população brasileira. Entre esses dados estavam características gerais, trabalho, renda média, escolaridade e outros aspectos socioeconômicos.
Veja abaixo outros importantes levantamentos que são realizados pelo IBGE.
É importante ressaltar que existem outros levantamentos além dos listados acima, e novos estudos são feitos de acordo com a demanda e com a conjuntura socioeconômica, ambiental e espacial brasileira.
Qual a importância do IBGE?
O IBGE realiza o levantamento de informações que nos permitem caracterizar o país e a população brasileira, o que é fundamental para o planejamento e para a gestão pública dos municípios, estados, regiões e do território nacional como um todo.
Assim, o IBGE é importante porque é o órgão que centraliza, analisa e torna públicos esses dados, disponibilizando-os para gestores, pesquisadores, estudantes, empresários e todos os demais membros da sociedade civil interessados em conhecer com detalhes o país em que vivemos.
O banco de dados criado pelo IBGE viabiliza a realização de pesquisas e estudos científicos de diversas áreas do conhecimento e fornece uma base cartográfica ampla e detalhada importante no meio acadêmico-científico e na gestão em todas as suas escalas territoriais. Além da sociedade civil, esse banco de dados alimenta órgãos e instituições públicas e entes privados, como as empresas e investidores em potencial.
Indicadores como o IPCA e o INPC, pelos quais o IBGE é responsável, são importantes para o cálculo da inflação. Já outros indicadores socioeconômicos são essenciais para a governança do território nacional, utilizados para a elaboração e no direcionamento de políticas públicas e estratégias de desenvolvimento para determinadas localidades ou parcelas específicas da população brasileira, cuja necessidade é identificada, justamente, por meio das informações levantadas pelo IBGE.
É crime não responder à pesquisa do IBGE?
Não responder às pesquisas do IBGE ou fornecer informações falsas aos recenseadores são atitudes classificadas como infração. Quem age dessa maneira está sujeito a processos judiciais e ao pagamento de uma multa cujo valor pode chegar a dez salários-mínimos. Tudo isso está previsto na Lei 5.534, sancionada em 14 de novembro de 1968, que determina que todos aqueles que estejam sob a jurisdição da lei brasileira têm como dever prestar informações solicitadas pelo IBGE para fins estatísticos.
Essa mesma legislação assegura a confidencialidade dos dados transmitidos aos recenseadores, garantindo a confiabilidade dos métodos de pesquisa da instituição e a segurança daqueles que fornecem suas informações para o IBGE.
História do IBGE
Do Brasil Colônia até quase a proclamação da República, na segunda metade do século XX, as estatísticas sobre a população brasileira eram coletadas de maneira difusa e sem uma metodologia padronizada. A necessidade de se unificar o sistema de coleta de informações surgiu somente no ano de 1871, com a criação da Diretoria-Geral de Estatística do Império, órgão esse que passou por uma série de mudanças com o passar do tempo, sobretudo após a mudança no regime de governo.
Foi durante a década de 1930, quando as estatísticas estavam a cargo do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE), que uma comissão interministerial apresentou um projeto para a criação do Instituto Nacional de Estatística (INE), com relatoria de Mário Augusto Teixeira de Freitas (1890-1956). A criação do INE se deu por meio da promulgação do decreto de lei 24.609 de 6 de julho de 1934, sendo esse o primeiro passo para a constituição do que viria a ser o IBGE.
O INE foi oficialmente instituído em 29 de maio de 1936, o mesmo ano em que foram criados o Conselho Nacional de Estatística (CNE) e a Convenção Nacional de Estatística. O CNE foi incorporada ao INE junto do Conselho Brasileiro de Geografia (CBG), criado em 1938. Dois anos mais tarde, em 26 de janeiro de 1940, o decreto-lei 218 determinou a criação do IBGE, que era então formado por dois órgãos autônomos: o CNE e o CBG, que mudou seu nome para Conselho Nacional de Geografia (CNG).
O IBGE realizou o primeiro Censo Demográfico da população brasileira em 1940, no ano de sua formalização. Nos anos subsequentes, o instituto atuou no mapeamento do território nacional, na criação de um Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), muito importante na cartografia, na proposta de divisão regional e fitogeográfica do território brasileiro e em outros projetos de grande interesse para a academia e para a administração do país.
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