O suspeito de matar o motorista de aplicativo Elionaldo Cardoso da Silva, de 34 anos, que desapareceu no último domingo (9), se apresentou à polícia e confessou o assassinato. Identificado como José Carneiro, o homem é dono da chácara onde a vítima foi vista pela última vez. De acordo com informações, eles se conheciam a há 3 anos e Elionaldo chegou a ajudar o amigo em uma reforma da chácara. Apesar de ter confessado o crime, José prestou depoimento e foi liberado.
Maiara Brito Oliveira, 28 anos, esposa de Elionaldo, criticou o fato da família saber do desenvolvimento da investigação pela imprensa. "A gente estava na esperança de achar ele com vida. Quando chegou 7h e pouca da manhã, quando a gente liga a televisão, o baque. O caso de Elionaldo, suspeito confessou e diz que assassinou ele. Ainda está solto, a juíza negou a preventiva dele. Achou que não era grave. Que é isso, meu Deus do céu. Primeiro a imprensa que tem que saber para depois a família? A família tem que assistir a dor pela televisão, na frente de todo mundo? A gente não tem direito de saber primeiro que todo mundo, gente? Eu achei um absurdo, mas a gente vai ter justiça", disse ela na manhã desta sexta-feira (14).
Mesmo com a confissão, a família ainda não sabe onde está o corpo de Elionaldo. "Eu quero achar o corpo do meu esposo, eu quero que ele fale onde está meu esposo, a gente quer dar um enterro digno, que ele não era uma pessoa ruim, não, gente. Todo mundo gostava dele, gente, por favor. Eu não aguento mais falar, não aguento mais. Eu estou aqui pela misericórdia de Deus, eu estou tentando ser forte mesmo pela minha filha", disse ela, em meio a lágrimas, citando a filha do casal.
Maiara deu detalhes da amizade entre a vítima e o suspeito. "Ele se dizia ser da família. Meu esposo nunca teve briga nenhum com ele, meu esposo não é nem de briga, é amigo de todo mundo. O mau dele era esse, coração muito bom", falou.
A esposa da vítima disse ainda que o suspeito chegou a procurar a família da vítima. "Ele veio ontem aqui e encarou a família dizendo que não fez nada. Disse que o meu marido estava lá na chácara e foi lá, mas saiu. Segundo ele, a gente podia ver nas câmeras que veríamos o carro dele saindo de lá, mas a gente sabe que meu marido não saiu", afirmou.
Zaira Pimentel, delegada da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), afirma que o caso era investigado pelas equipes da Delegacia de Desaparecidos. . "Foi localizado, sim, esse autor, ele foi ouvido aqui na noite de ontem. A Primeira D.H. solicitou ao plantão judiciário a prisão preventiva desse indivíduo, porém essa prisão não foi apreciada pelo Poder Judiciário. O argumento da autoridade judiciária foi que aquele tipo de prisão não atendia os requisitos do plantão judiciário e, portanto, ela declinou da atribuição", comentou.
Em nota, a Polícia Civil informou que o corpo não foi localizado. "A 1ª DH/Atlântico solicitou uma prisão preventiva ao Poder Judiciário, que foi indeferida, na madrugada desta sexta-feira (14). O suspeito segue investigado em liberdade".
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