No mês que vem, a Meta vai liberar, no Brasil, sua assistente de inteligência artificial integrada ao WhatsApp. O robô virtual (chatbot), batizxdo de "IA da Meta" vai interagir com os usuários no aplicativo de mensagens, permitindo gerar imagens, criar textos e responder a perguntas.
Dona também de , Instagram, Facebook e Messenger, a Meta informou que esses outros aplicativos também terão a ferramenta de IA embutida. O anúncio foi feito ontem durante o evento global Meta Conversations, realizado em São Paulo e que contou com a participação do líder da empresa, Mark Zuckerberg, por videoconferência.
O sistema, assim como outros robôs virtuais de IA, responde a perguntas, gera imagens (inclusive realistas, no caso do WhatsApp) e pode acessar informações atualizadas a partir dos buscadores Bing e Google, de acordo com a empresa.
A interação com a IA vai variar conforme a rede social. Em comum, todas terão o robô, que poderá ser acessado pela função “Pesquisar”.
No WhatsApp e no Messenger, o chatbot também vai aparecer como uma nova aba de conversa. No Instagram, será possível ainda fazer perguntas à IA dentro de um chat entre usuários. Para isso, o usuário terá apenas que digitar “@Meta AI” na conversa.
Já no Facebook, a IA vai aparecer também no feed, como um novo botão dentro da rede social. Na versão em inglês, essa opção de interação é chamada de “Ask Meta AI” (“Pergunte à Meta AI”).
Além da integração nas plataformas, o robô pode ser acessado em uma versão desktop que segue a lógica do Gemini (Google) e do ChatGPT (OpenAI). Em uma caixa de perguntas, o usuário “pode pesquisar tópicos, explorar interesses e obter conselhos práticos”, segundo a Meta.
Na página da Meta AI, a companhia acrescenta que “os principais provedores de pesquisa” foram integrados ao robô, o que significa que os usuários poderão obter “informações atualizadas da internet”. Com isso, a empresa abre potencialmente uma frente de competição com o Google.
Apresentada em abril, em inglês, a assistente de IA da Meta foi o maior passo da empresa, até o momento, para integrar a IA generativa, do mesmo tipo do ChatGPT, em suas redes sociais, acessadas por mais de 3 bilhões de usuários no mundo.
A IA, que já estava disponível nos Estados Unidos e em uma dúzia de países, é alimentada pelo Llama 3, modelo amplo de linguagem da empresa que é o “cérebro" “por trás da assistente. O lançamento no Brasil dos recursos, segundo a Meta, será gradual.
Em um telão montado ontem num palco no Pavilhão do Parque Ibirapuera, na capital paulista, o fundador do Facebook afirmou que seu objetivo “é construir o melhor serviço de IA do mundo”.
— Estou feliz em anunciar que vamos lançar a Meta AI em português no mês que vem, junto com vários outros idiomas. Isso significa que mais pessoas ao redor do mundo poderão fazer perguntas à assistente em qualquer um de nossos aplicativos — afirmou Zuckerberg.
Ao EXTRA, o diretor-geral da Meta no Brasil, Conrado Leister, afirmou que a expectativa da empresa, com base no comportamento de usuários em mercados onde o chatbot já funciona, é que a IA seja usada como uma assistente para pesquisas.
— Em tese, tudo que é público e dê para compilar informações relevantes a sua pergunta ele (o assistente) pode trazer — disse Leister. — E conforme você usa a Meta IA, ela entende seu perfil. A grande vantagem é que ela começa a aprender com você ao longo das interações e passa a ser cada vez mais precisa.
O ChatGPT, da OpenAI (empresa que tem uma associação à Microsoft) já permite pesquisas em áudio e vídeo. Outro rival, o Google, passou a apresentar, nas buscas, resumos feitos por IA. Na mesma linha, desde o ano passado a Microsoft tem o Bing integrado ao ChatGPT.
O movimento tem despertado tanto questionamentos legais sobre uso de material sujeito a direitos autorais para treinar a IA, como preocupação sobre a qualidade das informações geradas por esses bots. Produtores de conteúdo também temem que a IA tire audiência dos sites, o que levaria a um “deserto de informações” na internet.
Perguntado sobre o risco de a Meta AI gerar informações imprecisas, Leister minimizou, dizendo que o perfil é de “uma assistente virtual”.
No evento, a Meta também anunciou novos recursos de IA para negócios que usam o WhatsApp Business. Segundo a big tech, o chatbot está sendo treinado para “responder às perguntas mais populares que as empresas recebem” no WhatsApp. O lançamento será nos próximos meses.
Para o Brasil, a Meta também anunciou uma nova integração com o Pix para empresas que usam o WhatsApp. Será possível criar e enviar chaves pelo app, diretamente na conversa. A ideia é facilitar compras pela ferramenta de mensagens.
As empresas brasileiras também terão acesso ao Meta Verifed, um selo pago que dá mais funcionalidades para o uso comercial do WhatsApp
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