No dia 24 de abril, o entregador de gás Rafael da Silva Santos sofreu um acidente e precisou de atendimento em um hospital, na cidade de Feira de Santana. Chegando lá, foi surpreendido com a informação de que estava juridicamente morto.
De acordo com a esposa de Rafael, a situação foi surpreendente, pois, quando informaram-na que o marido estava morto, mostraram-lhe um prontuário confirmando esta informação. Após receber alta, Rafael emitiu um documento da Receita Federal que confirmava a situação. No entanto, este documento possui diversas inconsistências.
Na certidão de óbito, o homem é dado como analfabeto, enquanto Rafael possui assinatura no seu documento de identificação. Além disso, foi fornecida uma certidão de nascimento, na qual consta a data de falecimento e não a de nascimento.
O advogado de Rafael conta que a situação se deu por conta de uma sequência de coincidências e de erros procedimentais. Rafael teria sido encaminhado a um hospital onde já havia tido um Rafael da Silva Santos internado.
A comunicação da morte teria sido feita por uma mulher chamada Ana Deiyse das Neves Carvalho, sem reconhecimento familiar. De acordo com a direção do hospital e com a prefeitura da cidade de Feira de Santana, esta mulher nunca trabalhou para nenhuma das duas instituições. O advogado de Rafael entrou com ação contra o cartório, o Estado e contra a mulher que atestou o seu óbito no cartório. O objetivo, no entanto, é provar que Rafael está vivo, já que o homem se declarou impossibilitado de fazer “qualquer coisa” por conta desta situação.
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