Ao decorrer do avanço das investigações da Polícia Federal sobre a Operação Tempus Veritati, militares estão tentando blindar e minimizar a participação de colegas na confecção do roteiro do golpe de estado, responsabilizando a articulação por Jair Bolsonaro. Segundo alguns oficiais, haveria tido um “excessivo poder” de influência atribuído a militares de baixa patente e sem contingente para mobilizar uma ação dessa magnitude.
Segundo o Exército, o Coter fica em Brasília (DF) e não tem nenhuma tropa subordinada a ele e fica vinculado ao Comando Militar do Planalto, logo não poderia tomar qualquer atitude sem a anuência do comandante do exército.
De acordo com a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, os oficiais destacaram se tratar de um grupo de planejamento, sem capacidade de atuação, embora o general integrasse o Alto Comando da Força.
Além disso, há uma avaliação de que o papel atribuído às Forças Especiais é exagerado, que apesar do nome, é na verdade destinado a militares em início de carreira e sem papel de comando.
Em relação a figuras consideradas centrais no roteiro golpista, como o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, a avaliação é que eles já estão na reserva e não teriam força para mobilizar as tropas.
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