O miliciano Luis Antonio da Silva Braga (foto em destaque), 44 anos, considerado um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, entregou-se e foi preso pela Polícia Federal (PF) na noite desse domingo (24/12).
Com atuação em especial na Zona Oeste da capital fluminense, Zinho, como é mais conhecido, havia sido alvo de operação da PF e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), na última terça-feira (19/12).
Após a prisão, ele foi levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, prisão de segurança máxima na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Zinho era procurado pelos crimes de associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo. As investigações da PF e do MPRJ que levaram à Operação Dinastia 2, desencadeada na semana passada, revelaram que o miliciano explorava o setor da construção civil por meio da cobrança de taxas para cada tipo de obra.
Grandes empreiteiras eram obrigadas a pagar, todo mês, por construções em andamento e até por obras executadas pela Prefeitura do Rio. Por meio do material apreendido na 1ª fase da Operação Dinastia, em agosto de 2022, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRJ, descobriu que o grupo cobrava “empréstimos” de empresários do ramo.
As investigações verificaram que uma empresa havia sido montada para cuidar dos “controles de pagamento”, da “dissimulação das cifras criminosas” e até do “embargo de obras, em caso de inadimplemento”. A segunda etapa da operação ocorreu para desfazer o núcleo financeiro da milícia.
À época, os órgãos envolvidos nas investigações identificaram as contas-correntes e as quantias depositadas, além de “toda a estrutura de imposição de taxas ilegais a grandes empresas e a pequenos comerciantes locais”.
O Metrópoles apurou que Zinho liderava a milícia que tinha o apelido dele no nome, o Bonde do Zinho. O grupo surgiu após um processo que envolvia a participação de parentes e trocas de comando em regiões dominadas pelos criminosos.
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