Uma mulher relatou ter sido confundida com uma suspeita de cometer um delito no último sábado (4) durante o evento Pré-Caju, na Orla de Atalaia, em Aracaju. O episódio aconteceu após ela ter sido reconhecida por um sistema de reconhecimento facial instalado na festa e abordada em seguida.
Auxiliar administrativa, Thais Santos, 31 anos, afirmou que foi abordada por seguranças, que perguntaram seu nome e se ela estava com algum documento de identificação.
"Eles começaram a verificar meu nome, pediram meu CPF e eu informei tudo. Depois questionei de quem se tratava, quem eram eles. Porque eles não chegaram, não se identificaram, então um policial se identificou, disse que era a Polícia Civil, que estava à paisana, que ali era um protocolo de segurança. E através desse reconhecimento facial, eu fui reconhecida como uma possível meliante", relatou, em entrevista ao site FanF1.
De acordo com Thais, ela foi liberada ao ser constatada a inexistência de restrições em seu nome. No entanto, ela foi novamente abordada em um novo local durante a festa.
"Uns quatro policiais já vieram prendendo as minhas mãos, colocando pra trás, pegando meu celular, jogando meu copo no chão e dizendo: 'Você sabe o que foi que você fez'. Eu: ‘Moço, eu não fiz nada’. Nesse momento, eu fiquei tão nervosa que eu urinei nas calças, nesse momento, quando eu vi, eles estavam prendendo as minhas mãos e me colocando dentro do carro da polícia que nem uma verdadeira bandida, como se tivesse cometido algo errado", acrescentou.
Segundo o coordenador de comunicação da Secretaria de Segurança Pública, Lucas Rosário, a mulher não foi algemada e foi e conduzida para a Delegacia de Turismo, onde aconteceu a verificação. "É preciso dizer, a tecnologia, embora seja muito importante, foi crucial, não tem 100% de leitura. No caso da Thais, eu vi a leitura, vi a pessoa com mandado de prisão, era uma pessoa que tinha restrição, com prisão domiciliar, e realmente não era a Thais, era uma outra pessoa", detalhou.
O coordenador pediu desculpas à mulher pelo ocorrido e se colocou à disposição dela para que a corregedoria da Polícia Civil possa atendê-la em "tudo o que ela necessitar para fins administrativos e judiciais".
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