Diante da paralisação dos ônibus metropolitanos, nesta segunda-feira (24), a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) preparou uma operação de transporte emergencial para atender a demanda dos usuários do sistema de transporte na capital baiana.
Segundo a pasta, foram remanejados 42 ônibus para a operação. “Ao todo, sete linhas do sistema municipal foram reforçadas para garantir o deslocamento dos usuários durante a interrupção do serviço metropolitano”, informou.
São elas: 0125 – Barroquinha x Pq. São Cristóvão; 0310 – Barroquinha x Aeroporto; 1001 – Aeroporto x Praça da Sé; 1035 – Aeroporto x Praça da Sé (via Garibaldi); 1007 – Lapa x Jd. Das Margaridas; 1625 – Paripe x Aeroporto (via Cajazeiras) e 1653 – Paripe x Aeroporto (via Pau da Lima).
As linhas foram escolhidas por dar acesso às regiões que têm atendimento das linhas operadas pelos metropolitanos, como a orla e a região central da cidade.
“Agentes da Semob e prepostos das concessionárias estão em locais estratégicos para orientar os usuários sobre a operação”, informou a pasta.
Com a paralisação, além de Salvador, foi impactado o transporte ainda de Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho, Candeias, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Santo Amaro, São Sebastiao do Passé, Dias D’Ávila, Mata de São Joao, Praia do Forte, Porto de Sauipe, Subauma, Conde, Imbassai, Rio Real e Arembepe.
GREVE
Por meio de nota oficial, o Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana de Salvador (Sindmetro) informou que a paralisação da categoria, deflagrada na manhã desta segunda-feira (24), se deu após tentativas fracassadas de negociação ao longo de mais de um ano. Segundo o sindicato, são 250 mil pessoas prejudicadas com a greve.
“Temos negociado com as empresas do setor e com o governo do estado a solução para a quitação das rescisões contratuais de cerca de 530 trabalhadores e trabalhadoras dispensados pelas empresas BTM, VSA e Linha Verde, as quais encerraram suas atividades em razão dos efeitos da pandemia”, pontuou o sindicato, que aponta critérios “injustificáveis e desproporcionais” da gestão estadual para definir os valores repassados aos modais.
Segundo a categoria, houve “evidente favorecimento” do metrô, em detrimento das demais empresas rodoviárias que segundo os rodoviários foram as mais prejudicadas com a alta de combustíveis dos últimos anos.
“Com isso, a CCR Metrô, sozinha, abocanhou quase 47% da verba total recebida, R$ 16 milhões, e os créditos distribuídos ao segmento rodoviário e, em especial, às citadas devedoras dos trabalhadores (BTM, VSA e Linha Verde) foram, em muito, insuficientes para sanar as dívidas com os demitidos”, protestou o Sindmetro, que disse ter tentado resolver o impasse de forma amigável, mas não teve êxito.
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