Bahia Caos Instalado
Crise em São Francisco do Conde: Saúde, Educação e Assistência em colapso
O número de denúncias crescem a cada dia
21/01/2025 13h17 Atualizada há 16 horas
Por: Redação
Crise em São Francisco do Conde: Saúde, Educação e Assistência em colapso. Foto: Reprodução/Internet

A população de São Francisco do Conde enfrenta uma grave crise nos serviços públicos essenciais. Com relatos de abandono e falta de apoio básico aos cidadãos. Entre as denúncias, destaca-se a suspensão do transporte para Tratamento Fora do Domicílio (TFD), deixando os pacientes sem acesso a consultas e procedimentos essenciais em Salvador e outras localidades. Segundo informações, o agendamento de viagens para tratamentos está suspenso até nova ordem, agravando ainda mais a situação de quem depende desse serviço vital.

Uma moradora da cidade desabafou após sua filha recém-nascida não conseguir realizar o teste do pezinho por falta de profissionais nos postos de saúde. “Eu não estou no puerpério há 20 dias. Minha recém-nascida ainda não fez o teste do pezinho, porque a cidade encontra-se sem funcionário apto para fazer o possível exame”, afirmou a mãe, visivelmente indignada com o descaso.

Enquanto os serviços básicos são negligenciados, os contratos milionários seguem sendo renovados pela administração municipal. A empresa Fabamed , responsável pela gestão do hospital municipal, teve o 12º Termo Aditivo assinado, no valor de R$ 30.035.032,92 , apesar do estado de abandono da saúde pública local.

Apesar da negligência nos serviços básicos, os contratos milionários seguem sendo renovados pela administração municipal. A empresa Fabamed, responsável pela gestão do hospital municipal, teve o 12º Termo Aditivo assinado no valor de R$ 30.035.032,92, mesmo com a saúde pública em estado de abandono. Outra empresa terceirizada, CS Construções e Empreendimentos Ltda., recebeu um reajuste de R$ 1.003.014,28, elevando o contrato para R$ 8.024.114,24, com vigência até dezembro de 2025. Além disso, um 3º Termo Aditivo foi publicado, no valor de R$ 11.022.759 ,60, sem detalhar a vigência do contrato.

As críticas também recaem sobre os contratos de publicidade, aditivados em dezembro de 2023, mesmo em meio à crise alegada pelo prefeito Antônio Calmon (PP). O primeiro, referente ao contrato nº 257/2023, no valor de R$ 5 milhões, foi assinado pelo chefe de gabinete Valter Andrade e Silva com a empresa Tourinho Publicidade Ltda. Outro contrato, sob o nº 256/2023, no valor de R$ 450 mil, foi firmado pela Secretária de Desenvolvimento Social, com a mesma empresa. Já na saúde, a secretária assinou um termo aditivo ao contrato nº 254/2023, também para publicidade, no valor de R$ 600 mil.

A crise não se limita à saúde. As escolas municipais enfrentam falta de funcionários, dificultando o atendimento a mães e estudantes. O cenário é agravado pelos cortes em programas sociais essenciais, que têm sido justificados pela gestão municipal com discussões de crise financeira. No entanto, a continuidade de contratos milionários e considerados superfaturados tem gerado indignação entre os moradores.

A população cobra respostas e soluções urgentes do prefeito Antônio Calmon, enquanto saúde, educação e assistência social seguem sendo deixadas à margem. O caos instalado na cidade reflete o sentimento de abandono e revolta dos cidadãos, que esperam respostas efetivas da administração municipal.