O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) realizará, nesta quinta-feira (31), à 10h, a assinatura da Ordem de Serviço (OS) que autoriza a restauração do Convento de Santo Antônio, em São Francisco do Conde.
Construído há mais de 400 anos, o convento está com a estrutura bastante deteriorada, com chão afundado, colunas rachadas, paredes destruídas, etc. A luta pela recuperação do prédio começou há, pelo menos, seis anos, quando foi criada pela população e membros da paróquia, a comissão "Salve o Convento", com o intuito de pressionar os órgãos competentes a viabilizarem a reforma.
Devido à morosidade do processo, vários eventos e ações foram realizados durante todo esse tempo, pela comissão, a fim de angariar fundos para realizar reparos no local. Agora, finalmente, a vitória foi alcançada e um grande passo será dado nesta luta, a partir da assinatura da OS.
Para que o local possa estar preparado para este grande momento, a comissão está organizando um mutirão de limpeza do espaço, que terá início nesta quarta-feira (30), a partir das 8h. Toda a população é convidada a colaborar. Quem tiver balde, vassoura, pano de chão, flanelas e materiais de limpeza, pode levar também.
Sobre a construção do convento
Em 1629, Gaspar Pinto dos Reis doa ao Convento de São Francisco, de Salvador, terras no local denominado Sítio. Um ano mais tarde é iniciada a construção de uma pequena residência. A capela e o hospício ficam prontos dez anos depois e as obras do convento concluídas em 1649. No primeiro quartel do século XVIII, a primitiva capela é substituída pela atual igreja. Conjunto conventual constituído por Igreja, Convento e Ordem Terceira, desenvolvido em dois pisos em torno de um claustro de colunas toscanas. As instalações da Ordem Terceira delimitam um segundo pátio aberto. A igreja é precedida de galilé formada por cinco arcos que se estendem sob as torres, que têm terminação piramidal revestidas de azulejos. Seu interior possui forros em abóbada abatida com pintura ilusionista na nave e na Ordem Terceira, atribuídas a José J. da Rocha. A sacristia é integralmente azulejada e a capela possui azulejos com enquadramento concheados e centro figurados nos moldes dos Antunes.
Fonte: Iphan.