Política Eleições 2024
Sem provas, Tarcísio de Freitas alega que PCC pediu votos para candidato do PSOL em SP
Governador de São Paulo declarou, sem apresentar provas, que o setor de inteligência do governo interceptou mensagens em que integrantes do PCC pediam para que eleitores votassem no candidato do PSOL
28/10/2024 08h59
Por: Redação
Tarcísio de Freitas disse nesta domingo que o Sistema de Inteligência da Polícia Militar interceptou mensagens do crime organizado com orientações para o voto em determinados candidatos, incluindo em Guilherme Boulos. Foto: Gabriel Silva/Ato Press/Estadão

O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse neste domingo (27) que a declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre uma suposta preferência da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) pelo candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, "compromete os princípios republicanos". Segundo ele, as "autoridades competentes" não podem ignorar o movimento de Tarcísio.

O governador de São Paulo disse mais cedo a jornalistas que houve "um salve" da facção para votar "no outro" - ou seja, Boulos. Tarcísio apoia a tentativa de reeleição do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). A fala do chefe do governo estadual foi durante o horário de votação.

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Antes, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também criticou Tarcísio de Freitas. Chamou a declaração do governador de "maior fake news" da eleição. Boulos decidiu pedir uma investigação judicial eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social depois da fala do governador.