Cidades Capital
Professora é investigada por 'premiar' alunos negros com banana em escola de Salvador
Situação foi denunciada pela professora e influencer Bárbara Carine
24/10/2024 08h36
Por: Mariana Carvalho
Reprodução

Um Processo Administrativo (PAD) foi aberto para investigar a suspeita de um episódio racista promovido por uma professora de matemática contra alunos do Colégio Estadual de Tempo Integral São Daniel Comboni, localizado no bairro de Sussuarana, em Salvador.

O caso veio a público, após  uma publicação da professora e influenciadora Bárbara Carine nesta quarta-feira (23). Em um vídeo postado nas redes sociais, Bárbara informou que a situação aconteceu no dia 10 de outubro e chegou até a ela através de um professor do colégio, que também já foi aluno do local. "Segundo relatos do professor, [a educadora] tem o hábito de fazer essa trilha matemática nas escolas públicas do Salvador", disse.

De acordo com Bárbara Carine, a dinâmica consistia em uma trilha, em que cada equipe era representada por um macaco. Ao longo da atividade, os alunos avançavam na pontuação até chegar ao final da trilha, com um único grupo vencedor. O prêmio da interação era uma penca de bananas. "Ela leva para a sala de aula, repleta de meninos negros, uma penca de bananas e dá para essa equipe que venceu essa trilha matemática. Os próprios estudantes ficaram extremamente desconfortáveis e procuraram esse professor negro para fazer a denúncia", argumentou.

Secretaria da Educação do Estado (SEC) emitiu uma nota informando que foi aberto um processo administrativo para apurar os fatos.  "A SEC reafirma seu compromisso com a Educação Antirracista e o combate a toda forma de preconceito e injustiça", destacou.

Após a denúncia nas redes sociais, a influenciadora explicou que precisou arquivar o vídeo, pois, a professora estava sendo confundida com outra profissional, que estava com medo de sofrer linchamento.  "Arquivei o reels sobre o caso de racismo na escola em Sussuarana, pois estavam confundindo a referida 'professora' com outra professora com as mesmas características citadas no vídeo. Mas o importante é que o PAD está aberto e espero que a profissional responda pelo crime", explicou.