Cidades Matéria Especial
São Sebastião do Passé: a real situação de Bambino
Nossa equipe resolveu procurar saber os motivos pelos quais o responsável por uma série de furtos na cidade, para sustentar o vício em drogas, não está recebendo o devido tratamento
10/10/2024 15h18 Atualizada há 1 mês
Por: Mariana Carvalho
Reprodução / Redes Sociais

Já é de conhecimento de toda a população sebastianense os furtos em série que vêm sido cometidos por um indivíduo de prenome Mateus, vulgo "Bambino", para sustentar o vício nas drogas. Muitas pessoas se perguntam o motivo de Bambino ainda estar circulando em sociedade, visto que é nítido que ele necessita de um acompanhamento clínico e psicossocial. Devido a estes questionamentos, a nossa equipe entrou em contato com o Centro de Atendimento Psicossocial de São Sebastião do Passé (Caps), onde ele é acompanhado, para entender quais providências estão sendo tomadas sobre esta situação.

Em entrevista ao RC NEWS, Leticia Nascimento, coordenadora do Caps, informou que Mateus vem sendo acompanhado no local desde o ano de 2018. De acordo com o seu prontuário, além de ser um paciente dependente químico crônico, ele apresenta transtorno e retardo mental, o que faz com que ele precise tomar medicação. Esta medicação é de uso contínuo, mas, não há como ser administrada regularmente, pelo fato dele não ter parentes na cidade. Ele tem apenas uma tia em São Sebastião do Passé, que também é a sua tutora legal, mas que, de acordo com informações, não consegue mais fazer esse acompanhamento diário.

Questionada sobre a possibilidade de internação do paciente, Leticia informou que há algumas semanas, Bambino chegou a ser internado no Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, no bairro de Narandiba, em Salvador, porém, segundo ela, lá é um local que não retém o paciente por muitos dias, portanto, após cerca de 10 dias, ele recebeu alta.

Além disso, Leticia conta que ele não aceita o internamento e, diante disso, ele precisa ser internado em uma clínica reabilitação para dependentes químicos de forma compulsória e que o custo deste serviço é altíssimo (em torno de R$ 700,00 a diária), o que acaba atrasando o processo, necessitando de entrar com uma ação junto à promotoria, para que seja liberado um auxílio financeiro que possibilite esta internação.

“Não é simples, não é fácil, às vezes as pessoas acham que o Caps não está fazendo nada, mas, não é bem assim, a gente está correndo atrás, mas, não é tão simples assim”, afirmou a coordenadora, com relação ao fato da população estar cobrando uma solução rápida.

Leticia informou ainda que nesta quarta-feira (9) houve a tentativa de uma nova internação no Juliano Moreira, porém, pelo fato dele estar ferido, devido a uma surra que tomou na rua, a unidade de saúde não o admitiu. Ele teve que voltar para São Sebastião para ser atendido no hospital da cidade e, em seguida, foi liberado.

Para finalizar, a coordenadora informou que o que está ao alcance do Caps para que a situação seja resolvida, está sendo feito. “Esses dias, praticamente, a gente tá só indo pro fórum toda hora pra poder ter audiência com a juíza, com a promotoria, pra poder ver o que a gente pode fazer em caráter de urgência, relacionado a Mateus”, finalizou.

AJUDA

Diante de todas as informações expostas por Leticia, é possível perceber que a situação de Bambino não é um “simples caso de polícia”, ele é um indivíduo que necessita de ajuda psiquiátrica, não só pelo transtorno mental que apresenta, mas, por conta do vício elevado em drogas. Portanto, deixamos um apelo para que autoridades responsáveis deem a devida atenção ao caso, fazendo o que não está ao alcance do Caps. Deixamos também aqui o espaço aberto para que, caso alguma instituição de reabilitação para dependentes químicos ou mesmo pessoas físicas, desejem ajudar, possam entrar em contato com a nossa redação, através do número de Whatsapp: 71 99134-7473 ou através do direct do nosso Instagram @portalrcnews.