Ana Carolina Oliveira (Podemos), mãe de Isabella Nardoni, é a terceira vereadora mais votada no Brasil neste domingo (6).
Segundo informações do g1, a campanha da nova vereadora tem como propósito "dar voz" a "vítimas que sofrem em silêncio". Ana Carolina levanta a bandeira em referência à filha, morta pelo pai e pela madrasta em 2008.
Em inúmeros vídeos publicados nas redes sociais, a bancária destaca sua vontade de trabalhar na Câmara municipal pelas crianças que sofrem qualquer tipo de agressão.
"Vamos lutar contra a violência infantil! É insustentável permitirmos que isso continue acontecendo. Por todas as vítimas que sofrem em silêncio, estou aqui para dar voz e lutar por vocês", escreveu a postulante.
Em vídeo no Instagram (veja abaixo), ela comemorou a eleição: "Eu não sei nem expressar minha alegria de chegar até aqui hoje. Sou muito, muito grata de verdade a cada um que fez parte disso, que esteve ao meu lado e que confiou em mim para representar tantas pessoas. Vou continuar lutando por todos que precisam de voz".
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O crime que tirou a vida de Isabella Nardoni, filha de Ana Carolina, ocorreu em 2008, quando a criança foi sufocada e jogada do apartamento onde o pai residia com a madrasta e o irmão mais novo da menina.
Após o crime hediondo, Ana Carolina reconstruiu sua vida casando com o administrador Vinicius Francomano, e teve o menino Miguel, seu segundo filho.
Questionada do motivo pelo qual o crime segue sendo de interesse público, ela acrescenta seu posicionamento:
— Eu acho que foi a maneira cruel como tudo aconteceu. É uma realidade da minha vida que eu vou carregar e meu filho entrou para fazer parte dessa história.
Isabella caiu do sexto andar do apartamento em que morou com o casal Nardoni, no Edifício London. O assassinato da menina de cinco anos, na noite de 29 de março de 2008, chocou o país. O crime completou 16 anos em 2024.
A menina ainda respirava quando foi socorrida no solo, mas não resistiu e morreu.
Segundo a investigação policial, Isabella foi agredida e arremessada pelo próprio pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, da janela do prédio em que a família morava, em São Paulo — município no qual a mãe da menina foi eleita.
O pai foi condenado a 31 anos e a madrasta a 26 anos de prisão, por homicídio qualificado.