Mateus da Costa Meira, o atirador baiano de 49 anos, que cometeu um ataque em um cinema no Shopping Morumbi, em São Paulo, em 1999, foi preso após cumprir pena de 25 anos internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCT) de Salvador.

Em segredo de justiça, a decisão foi publicada no dia 18 de setembro e permitiu a desinternação do estudante de medicina, com a justificativa que ele estava apto a reintegrar-se à sociedade e à família. Apesar disso, o advogado do atirador não confirmou oficialmente a soltura.

Por conta de um diagnóstico de esquizofrenia, Mateus é considerado inimputável (quando não é capaz de compreender a ilicitude de um crime, devido a uma anomalia psíquica ou a um desenvolvimento mental incompleto).

RELEMBRE O CASO

O crime aconteceu em 3 de novembro de 1999, quando Mateus, que estava cursando medicina na época, foi até o banheiro durante a exibição do filme “Clube da Luta”, no Shopping Morumbi, e tirou uma metralhadora de dentro de uma sacola.

Ao retornar para a sessão, Mateus efetuou vários disparos, matando três pessoas e ferindo cinco. Meire foi dominado pelos seguranças e levado ao Distrito Policial.

Em 2004, ele passou por audiência de custódia, na qual foi sentenciado a 120 anos e seis meses de prisão, mas essa pena foi reduzida em 2007 para 48 anos e nove meses.

Enquanto cumpria pena no Sistema Prisional da Bahia, em 2009, ele foi acusado de tentar matar, com golpes de tesoura, um companheiro de cela, o espanhol Francisco Vidal Lopes.

Já em 2019, Mateus passou por uma nova bateria de exames, que constataram que ele não apresentava alterações no comportamento, sendo possível um viver em sociedade, fato que foi concretizado apenas agora.