Bahia Sinistro
Paciente de hospital em Salvador é colocada em cama ensanguentada
Caso aconteceu na quarta-feira (11)
14/09/2024 16h01
Por: Mariana Carvalho
Rreprodução

Uma paciente que aguardava para fazer uma cirurgia no Hospital da Bahia, em Salvador, percebeu que a cama que utilizava estava totalmente suja de sangue de outra pessoa.  O caso aconteceu na última quarta-feira (11), no quarto 106, bloco C, localizado no primeiro andar do edifício. Antes dela, o leito havia sido ocupado por uma paciente que havia sofrido de hemorragia.

A paciente, que não quis se identificar, afirma que chegou ao hospital às 11h, para a realização de uma cirurgia de hérnia umbilical, que estava prevista para ocorrer às 14h. Porém, quando se levantou para ir ao banheiro, a filha, que estava como acompanhante, percebeu que as costas da mulher, o colchão, o travesseiro e o lençol que ela utilizava, estavam ensaguentados. A família afirma que entrou em contato com a ouvidoria do local, porém, não teve retorno.

O hospital emitiu uma nota sobre o ocorrido, informando que o problema se tratava de um erro na equipe que fornecia os tecidos e que resultou em uma falha técnica na impermeabilidade da capa do protetor do colchão. Ainda, informou que já estava tomando as medidas cabíveis. Para os familiares, o fornecimento do colchão é competência do hospital, portanto, a instituição também é responsável. Após o ocorrido, a paciente foi levada ao quarto 115 C, também no primeiro andar, onde ficou internada até a sua alta na manhã de quinta-feira (12).

A filha da vítima, informa que a família pretende mover uma ação judicial contra o hospital, mas aguarda a disponibilização do prontuário, que segundo o hospital leva até 30 dias, para oficializar o processo. Entretanto, o advogado responsável pela paciente destaca que, se houver resistência para a entrega da documentação, a ação será iniciada sem o prontuário.

"Quando litigamos com empresas grandes, precisamos antes de entrar com a ação estar munido de documentação que nos direcione ao direito violado do cliente", explicou André França, advogado responsável pela parte da paciente.