Bahia OP. FALSAS PROMESSAS
Influenciador Ramhon Dias é preso em operação contra jogos de azar
Mais de 50 mandados judiciais são cumpridos na manhã desta quinta-feira (5), na Bahia, Goiás, Ceará e Espírito Santo
05/09/2024 10h57
Por: Mariana Carvalho Fonte: Ibahia
Reprodução / Redes Sociais

O influenciador digital baiano Ramhon Dias foi preso em Salvador nesta quinta-feira (5) em uma operação da Polícia Civil (PC) que combate uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro do tráfico de drogas através de jogos de azar. O rifeiro José Roberto, mais conhecido como Nanam Premiações, também foi preso na ação. Ambos são investigados por fazer parte da organização criminosa.

Os baianos são conhecidos por divulgar rifas e premiações nas redes sociais. Ramhon, que tem 445 mil seguidores nas redes sociais, divulgou sua última premiação na quarta-feira (4), com um prêmio de R$ 400 mil.

Segundo a polícia, durante a operação, um terceiro homem resistiu à prisão, trocou tiros com os agentes, foi baleado e morreu. Ele foi identificado como Sueliton de Almeida Coelho e era suspeito de chefiar o tráfico de drogas no bairro do Nordeste de Amaralina.

Ainda não há informações sobre a conexão entre Sueliton de Almeida, o influenciador Ramhon Dias e o rifador Nanam.

Sueliton era o alvo principal da operação "Falsas Promessas" e possuía um mandado de prisão expedido pela Justiça. Ele era responsável pela logística de distribuição de drogas e armas para uma das maiores facções criminosas atuantes na capital baiana.

Com o suspeito, foi apreendida uma pistola turca, considerada extremamente cara e equipada com kit de rajada e mira a laser, de acordo com a polícia.

Além do influenciador, do rifador e do chefe do tráfico de drogas, mais de 50 mandados judiciais foram cumpridos na Bahia, Goiás, Espírito Santo e Ceará. Na Bahia, cerca de 200 policiais estão envolvidos na ação, que também investiga o tráfico de drogas em Salvador, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus e São Felipe.

De acordo com a polícia, a operação "Falsas Promessas" é realizada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD) com o apoio do departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC), de Inteligência Policial (DIP), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Polícia do Interior (Depin), das Coordenações de Operações e Recursos Especiais (Core), de Operações de Polícia Judiciária (COPJ), e da Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), além das polícias civis de Goiás, Ceará e Espírito Santo.