Mais de 1 ano após o assassinato da cigana Hyara Flor dos Santos Alves, de 14 anos, o adolescente de 16 anos, suspeito de cometer o crime apreendido novamente nesta quinta-feira (22), em cumprimento a um mandado de busca e apreensão. De acordo com a Polícia Civil, ele foi localizado na cidade de Itapetinga, no sudoeste baiano.
Hyara foi morta no dia 6 de julho de 2023, quando tomou um tiro no queixo e asfixiou no próprio sangue,de acordo com o laudo necroscópico. O feminicídio aconteceu na cidade de Guaratinga, no sul da Bahia. Inicialmente, o marido de Hyara foi apreendido como suspeito, mas foi solto um mês depois, quando a investigação da Polícia Civil e os depoimentos de sua família responsabilizaram o cunhado da vítima, que na época era uma criança de nove anos, pelo assassinato. De acordo com a conclusão da polícia, os tiros teriam sido acidentais.
A família da vítima discordou desta definição, tendo em vista que, segundo eles, o feminicídio teria sido uma vingança arquitetada pelo sogro da vítima, porque sua esposa teria um envolvimento romântico com o tio da menina.
Os familiares contrataram um perito particular, que identificou que a arma utilizada no crime foi uma pistola calibre 360. Um armamento desse tipo não poderia ser manuseado por uma criança, inocentando o cunhado de Hyara. Além disso, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) encontrou marcas genéticas do marido na pistola, que foi disparada a 25 centímetros do rosto de Hyara.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a Polícia Civil atenderam ao pedido, solicitando uma medida cautelar de internação para o jovem, que não se concretizou. Desde então, o adolescente estava foragido - até hoje, quando foi localizado no bairro Quintas do Sul, em Itapetinga. Apreendido por ato infracional análogo ao crime de feminicídio mais de um ano depois da morte de Hyara, o suspeito foi encaminhado para exames e está sob controle da Vara da Infância e Juventude.