A mãe de Richard Ferreira da Cruz, de 20 anos, paciente do Hospital Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro, acusa um médico da instituição de agredir o seu filho, provocando a sua morte. A Polícia Civil investiga o caso.
Segundo a família, o jovem deu entrada no hospital, na noite do último sábado (10), após ter sofrido um assalto e levado uma faca no pescoço. Ele recebeu atendimento e estava no quarto.
A mãe de Richard conta que recebeu uma ligação do hospital no início da madrugada de domingo (11), informando que o filho estava muito agitado. Ela explicou para a equipe de plantão que o filho sofria de depressão e bipolaridade, e pediu que ele fosse sedado.
Segundo informações, o jovem estava decidido a ir embora do local e levantou da cama, quando foi advertido pela equipe do hospital. De acordo com a mãe, um médico, de forma agressiva, gritou com o filho, dizendo que ele não podia se comportar daquela maneira. Reagindo, o jovem foi na direção do profissional, que o teria agredido com chutes e socos, reabrindo a ferida causada pela facada.
Ele já estava estabilizado. Essas agressões todas foram a causa da morte do meu filho", disse a mãe.
A Delegacia de Homicídios está investigando o caso. A Secretaria Municipal de Saúde disse que o jovem atacou os profissionais de saúde, que precisaram adotar “medidas de proteção”.
Nota da Secretaria Municipal de Saúde
A direção do Hospital Municipal Lourenço Jorge (HMLJ) esclarece que, na noite deste sábado (10), por volta das 21h30, o paciente deu entrada na unidade trazido pelo Corpo de Bombeiros após sofrer lesão por arma branca com sangramento intenso. É importante destacar que o paciente se apresentava agitado e agressivo e, conforme o relato da equipe de plantão, ele atacou os profissionais de saúde, que precisaram adotar medidas de proteção até conseguir contê-lo e encaminhá-lo à sala vermelha. Devido ao intenso sangramento, o paciente não resistiu e, infelizmente, veio a óbito. Por se tratar de caso de violência - ferimento por arma branca, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e a situação foi comunicada à polícia para investigação.”