Justiça Código Eleitoral
A compra de votos é um crime a Democracia no Brasil
Essa é uma prática ilegal que compromete gravemente a integridade das eleições e coloca em cheque a democracia.
18/07/2024 17h38 Atualizada há 4 meses
Por: Redação
Reprodução/Internet

Os brasileiros podem se tornar candidatos às eleições pelo Brasil e votar em diversos cargos políticos, a cada dois anos. Devido a votação ser obrigatória para quem está com idade entre 18 e 70 anos, muitas pessoas querem algo em troca, de imediato, para cumprir a necessidade de votar.

Com isso, surge a compra de votos. Essa é uma prática ilegal que compromete gravemente a integridade das eleições e coloca em cheque a democracia. Esta conduta se tornou vedada pelo Código Eleitoral brasileiro e se condiz no oferecimento de algum benefício em troca do apoio eleitoral. Dentre as situações, pode-se destacar o envolvimento de dinheiro, bens e serviços para que o eleitor aceite votar em determinada pessoa ou partido. Isso viola os princípios de eleições livres e justas.

 

O que representa o voto na Democracia?

Em uma democracia, o poder de decisão é dos eleitores, que escolhem seus representantes por meio do voto. Porém, a compra de votos mostra total descumprimento do processo legal, pois o cidadão perde sua autonomia crítica de escolher o melhor para o local e se baseia em quem lhe favorece momentaneamente.

Essa prática não apenas compromete os resultados eleitorais, mas também mina a confiança das pessoas nas instituições democráticas, perpetuando a corrupção e enfraquecendo os pilares da democracia.

Legalmente, a compra de votos é tipificada como crime eleitoral no Brasil, sujeita a penalidades severas. De acordo ao Artigo 299 do Código Eleitoral, quem entregar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, direta ou indiretamente, vantagem em troca de voto ou abstenção, pode ter uma pena de reclusão de até quatro anos e pagamento de multa.

 

Como funciona a Compra de Votos?

A prática funciona de maneira insidiosa: candidatos ou seus intermediários abordam eleitores, muitas vezes em situações vulneráveis e residindo em comunidades carentes, oferecendo algo em troca do voto no dia da eleição. Além de dinheiro, até cestas básicas, materiais de construção ou promessas de emprego são ofertadas. Esse fenômeno é particularmente prevalente em áreas com maior vulnerabilidade social, onde os cidadãos mais precisam de políticas públicas.

 

O que esse crime pode provocar?

As consequências legais para quem pratica a compra de votos são significativas. Vale destacar que quem aceita também pratica crime. Além da pena de prisão e multa, o candidato pode ter seu registro cassado, ficar inelegível por até oito anos e enfrentar outras sanções jurídicas.

Quem julga os casos é a Justiça Eleitoral brasileira, que é encarregada de fiscalizar e investigar denúncias relacionadas à compra de votos, incentivando os cidadãos a denunciarem quaisquer atividades suspeitas.

 

Como denunciar?

Denunciar a compra de votos é não apenas um direito, mas um dever cívico. Qualquer pessoa pode informar suspeitas de tal prática às autoridades competentes. Os locais onde são recebidas as denúncias podem ser o Ministério Público Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais ou a Polícia Federal. É importante fornecer evidências como fotos, vídeos ou testemunhos que possam fortalecer as investigações.

Para garantir a justiça e a transparência no processo eleitoral, é essencial que o sistema esteja protegido contra essas práticas corruptas. As leis brasileiras, incluindo o Código Eleitoral e a Lei das Eleições, estabelecem claramente as condutas vedadas e as penalidades para crimes eleitorais como a compra de votos.

 

Papel dos cidadãos

Esse esforço para manter a integridade das eleições, é fundamental ter a colaboração de todos. Os eleitores podem buscar seus direitos e responsabilidades no processo democrático, para, assim, contribuir com um ambiente eleitoral mais justo e confiável.

 

Conclusão

Em suma, a compra de votos não apenas compromete a representatividade política, mas também enfraquece a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas. Combater essa prática é essencial para assegurar que as eleições no Brasil sejam conduzidas de maneira justa, transparente e verdadeiramente representativa da vontade popular.