O taxista suspeito de matar o colega de profissão, Regivaldo dos Santos Santana, 51 anos, no bairro do Itaigara, se apresentou à polícia, nesta sexta-feira (14) e admitiu que deu golpes na vítima. Ele chegou ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acompanhado de um advogado para prestar depoimento.
Segundo a delegada titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), Zaira Pimentel, o suspeito do crime, João Rodrigues Barbosa, chegou a dizer que não se lembra, mas acabou admitindo golpeou o colega, afirmando que tanto ele como Regivaldo estavam com talheres em mãos. João encontra-se preso em uma das unidades da Polícia Civil e está à disposição da Justiça.
"Ele afirmou que não se recorda, mas admitiu que tanto ele como a vítima estavam com talheres em mãos e que ele deu golpes no colega. Nessa briga, ele informou que pessoas tentaram conter os dois, mas admitiu que deu golpes", disse a delegada, ressaltando que o suspeito não usou a palavra facada.
De acordo com a delegada, o suspeito disse ainda que existe um grupo de WhatsApp onde acontece uma espécie de monopólio de determinados pontos de táxi, que impede outros taxistas de pararem os carros nesses espaços. Isso teria motivado a briga.
Áudio vazado
Em um áudio vazado nas redes sociais, João diz que Regivaldo, no momento da briga teria sido acometido por um infarto e isso seria a causa da sua morte. Em depoimento, ele disse que, quando mandou a mensagem de voz, ainda não sabia que havia matado o colega.
Regivaldo foi atacado e morto com golpes de faca, na tarde desta terça-feira (11), na Avenida ACM, no Itaigara. Ele estava no ponto de táxi que fica entre o Maxcenter e o Pituba Parque Center. O suspeito fugiu do local.
Ele estava almoçando uma marmita dentro do carro quando foi atacado. O crime aconteceu por volta das 14h30. O Serviço de Atendimento Móvel (Samu) chegou a ser acionado, mas Regivaldo morreu ainda no local.
Segundo o presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Denis Paim, Regivaldo e o colega brigaram havia cerca de um mês, por conta de um desentendimento ligado a quem poderia ficar no ponto. Testemunhas contaram que o outro taxista disse que iria "se vingar" de Regivaldo. "Aí hoje, infelizmente, ele surpreendeu o colega dentro do carro, com uma faca de serra", lamenta Denis, que esteve no local do crime mais cedo. Regivaldo trabalhava como taxista há mais de 20 anos.