Brasil Operação Falso Coach
Empresário do filho 04 de Bolsonaro é preso por fraude em compra de armas
As investigações mostram que o suspeito teria usado documentos falsos para comprar um arsenal de armas.
05/01/2023 20h48
Por: Redação Fonte: Reprodução
Foto: Reprodução Redes Sociais

O empresário e influenciador digital Maciel Carvalho, 41 anos, é o principal alvo da Operação Falso Coach, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Investigado pelos crimes de posse, porte e comércio ilegal de armas de fogo, ele foi preso em Águas Claras na manhã desta quinta-feira (5). As investigações mostram que o suspeito teria usado documentos falsos para comprar um arsenal de armas.

Com mais de 420 mil seguidores, o blogueiro já deu entrevista ao lado de Jair Renan, filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — de quem era empresário. Na ocasião, Maciel se apresentou como advogado e ex-pastor da igreja Assembleia de Deus. O atirador também se diz coach e empreendedor.

De acordo com a coluna Na Mira do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o blogueiro era homem de confiança do 04 e que ficou responsável pelo registro de uma ocorrência policial após a casa de Jair Renan, no Lago Sul, ser pichada por vândalos, em 29 de setembro último.

Maciel Carvalho também ministrou aulas de tiro para o filho de Bolsonaro e para a mãe de Jair Renan, Ana Cristina Siqueira Valle. A PCDF, entretanto, descarta envolvimento da família do ex-presidente nos crimes investigados na Operação Falso Coach.

O indiciado estava em liberdade provisória e usava CPFs falsos para ocultar antecedentes criminais e conseguir o registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Com o documento, Maciel conseguiu comprar diversas armas de fogo.

A polícia informou que ele ministrava cursos de armamentos e tiros, além de vender armas, por meio das mídias sociais, onde postava anúncios para atrair clientes e alunos.

O investigado coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo. O indiciado pode ser condenado a até 19 anos de prisão.