Justiça Decisão Juducial
Decisão de desembargador da Bahia 'liberta' líder de tráfico BDM; Homem é considerado foragido
Justiça revogou pedido de prisão domiciliar horas depois, mas já era tarde
14/10/2023 21h14
Por: Redação Fonte: Reprodução
Ednaldo Freire Ferreira foi liberado após ter pedido de prisão domiciliar concedido - Foto: Montagem

Uma decisão polêmica do Poder Judiciário da Bahia colocou de volta às ruas um dos homens mais perigosos do estado. O cofundador e uma das principais lideranças da maior facção criminosa da Bahia, o Bonde do Maluco (BDM), Ednaldo Freire Ferreira, mais conhecido como "Dadá", ganhou o benefício da prisão domiciliar no último dia 1º de outubro (um domingo, às 20:42), durante o plantão judiciário do desembargador Luiz Fernando Lima, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Horas depois, o pedido de prisão domiciliar foi revogado pelo desembargador Julio Travessa, da 2ª CÂMARA CRIMINAL – 1ª TURMA, atendendo o recurso interposto pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco). No entanto, era tarde demais, Dadá já havia sido liberado do presídio de segurança máxima onde estava cumprindo a pena no Estado de Pernambuco e não foi mais encontrado.

Em março deste ano, “Dadá” foi um dos criminosos alvo da “Operação Tarja Preta” para desarticular a facção responsável por crimes como homicídios, tráfico de drogas, tráfico de armas de fogo e lavagem de dinheiro em Salvador. Ele nasceu em Irecê e e sua ascensão no mundo do tráfico se deu com a morte de José Francisco Lume, o Zé de Lessa, ocorrida em 2019.

A decisão tomada pelo Plantão Judiciário a favor de “Dadá” foi com base ao pedido da defesa, que alegava que o filho autista dele tem “crise de convulsão em razão da desregulação emocional causa pela ausência da figura paterna”. Se fosse beneficiado, o traficante deveria de segunda a sexta estar em casa às 20h e não sair nos finais de semana, não estar armado, não beber e nem usar drogas, não frequentar festas.