Bahia Baleia Encalhada
Baleia que estava encalhada em praia do Caípe morre após várias tentativas de salvamento
A baleia encalhou pela primeira vez no dia 8 de julho. Desde então diversos desencalhes e tentativas de desencalhes foram executados por especialistas e por moradores da região.
19/07/2023 08h19 Atualizada há 1 ano
Por: Redação Fonte: Reprodução
Reprodução

A baleia jubarte, que estava encalhada na Praia do Caípe, em São Francisco do Conde, foi encontrada morta no início da madrugada desta segunda-feira,17. O mamífero estava encalhado desde o dia 8 de julho. Debilitado e com muitos ferimentos, o animal chamou a atenção de moradores da região que fizeram um vídeo onde o animal parece chorar por causa do encalhe. É possível ouvir uma pessoa dizer: "dá até para ver as lágrimas".

O biólogo Victor Bandeira, que também é coordenador do Projeto Baleias Soteropolitanas, explicou que na verdade o aspecto de olho lacrimejando é na verdade o funcionamento de uma glândula que atua contra o ressecamento do olho.

"Tem uma glândula na pálpebra que produz um óleo, que é para lubrificar o olho contra ressecamento. E como ela está na terra, com vento, isso acaba ressecando os olhos, então ela produz esse óleo para proteger o globo ocular", explicou.

Segundo Gustavo Rodamilans, veterinário e coordenador do Projeto Baleia Jubarte, o animal estava com uma luxação ou fratura em uma das nadadeiras, o que dificultou o retorno dela para o mar.

"O problema é que não tem como tratar uma fratura ou luxação de uma baleia, o que inviabiliza a vida do animal. Provavelmente desde sábado, ela já tinha esse machucado", explicou

Ainda segundo o coordenador, na sexta-feira (14) foram feitas três tentativas de reboque do animal, mas ele se desvencilhou da fita em todas elas. O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e Marinha do Brasil acompanharam a tentativa de desencalhe.

Em um parecer emitido pelo Projeto na sexta, é relatado que foram coletados materiais análises, com o objetivo de tentar diagnosticar possíveis doenças no animal, que inclusive podem ter contribuido para o encalhe.

No documento, o projeto também relatou que apesar de o desencalhe não ter ocorrido, a baleia foi realocada a cerca de 300 metros de distância do ponto que foi encontrada, portanto, os especialistas conseguiram levá-la para um lugar menos raso.